Lobão reinou absoluto na noite de ontem, a primeira do festival No Ar Coquetel Molotov. Foram quase duas horas de apresentação, em que o compositor carioca demonstrou competência e carisma. O público, que o aguardava desde abril passado, quando uma tempestade inviabilizou o show um pouco antes de o artista subir ao palco, respondeu à altura. Mais da metade se levantou das cadeiras do Teatro da UFPE para dançar e cantar em frente ao palco, junto da banda. Duas pessoas conseguiram invadir o palco, na tentativa de abraçar o ídolo.
A formação da banda, guitarras, baixo e bateria, favoreceu o conceito do rock elétrico que o artista vem investindo nos últimos tempos. O repertório combinou músicas menos conhecidas com sucessos radiofônicos dos anos 1980: Radio Blá, Me chama, Vida bandida, Decadence avec elegance. O bis veio com uma versão para Help, dos Beatles e Corações psicodélicos. “Obrigado, Recife. Foi bíblico”, disse o cantor, no final da inspirada apresentação, às 2h50 da manhã.
Antes, o palco principal recebeu shows de Maquinado (PE), HEALTH (EUA) e Gillemots (UK). O primeiro, projeto solo de Lúcio Maia, não empolgou tanto, talvez por ter feito o show de abertura (começou às 21h15). A concentração de pessoas aumentou para asssistir o performático quarteto HEALTH, da California. O grupo combinou peso instrumental com a leveza dos vocais de Jake Duzsik, causando reação positiva na platéia. Logo depois, o Gillemots trouxe ao palco elementos do britpop melódico, no que foi o show mais bem executado, até que Lobão subiu ao palco.
Entre às 17h e 20h30, o palco montado na Sala Cine UFPE, ao lado do teatro, serviu de aquecimento para o que viria depois. Apesar de terem oferecido bons shows, não havia tanto público para assistir Nuda (PE), Kng Size (PE), M.Takara (SP) e Beans (EUA).
O festival No Ar Coquetel Molotov continua hoje, a partir das 17h, com as bandas Rua (PE), Trio Eterno (PE), Copacabana Club (PR), Hindi Zahra (França), Romulo Fróes (SP), The Sea and Cake (EUA), China (PE) e Racionais MCs (SP). Ingressos estão à venda na bilheteria do Teatro da UFPE, por R$ 40 e R$ 20 (meia).
(Diario de Pernambuco, 15/10/2011)
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