segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Os melhores do ano na revista O Grito!



Já que estou mais ausente do que presente nas últimas semanas, recomendo uma visita à revista eletrônica O Grito!, que acaba de publicar sua lista das melhores HQs do ano.



A lista, da qual faz parte O circo de Lucca (Devir), Black Hole (Conrad), Frango com ameixas (Companhia das Letras), Underworld (Zarabatana) e os dois últimos volumes de Sandman (Conrad), foi feita por belo time de convidados, entre eles Paulo Ramos (Blog dos Quadrinhos), Sidney Gusman (Universo HQ), Wellington Srbek (Mais Quadrinhos) e este que vos escreve... !

Boa leitura, e feliz 2009!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Papa-figo na Mad



O novo número da Mad, em nova fase publicada pela Panini, vem com muitas novidades na equipe de colaboradores. Entre eles está Bione, editor do tablóide pernambucano Papa Figo.

A saber: Marcio Baraldi (Roko-Loko, Vale Tudo), Marcatti (Desventuras de Fraúzio, A Relíquia), Jorge Barreto (Os7, A Fábrica), Vasqs (Os7), Bione (Papa-Figo), Gilmar (Para Ler Quando o Chefe não Estiver Olhando), Ed Sarro (Os7), Daniel Lafayette e Bira Dantas (BiraZine).

A revista traz de volta três autores clássicos da MAD nacional: Flávio, Xalberto e Amorim. E três novos desenhistas: Raphael Salimena (Mundo Canibal), João Pinho e Heneh.

A celebridade da capa é Amy Winehouse, ilustrada por Paffaro. Tudo por módicos R$ 5,90.

sábado, 25 de outubro de 2008

O CD tropicalista da Nara



Que maravilha é a Nara.

Que voz.

Que mulher.

Eterna musa da bossa nova, é verdade. Mas com sua completude somente revelada como madrinha do tropicalismo.

Por isso, é mais do que bem vindo o empenho da Universal Music em lançar uma coletânea dupla com todas as músicas dessa fase.

Com composições do cancioneiro popular tradicional, como Lamartine Barbo, Ary Barroso e Joubert de Carvalho, e dos velhos e novos baianos: Dorival Cayimi, Gilberto Gil, Caetano. Até Alberto Nepomuceno, o precursor de Villa Lobos está no rol de músicas interpretadas por Nara. Some a luxuosa orquestração barroca do maestro Rogério Duprat, e voalá: delícias postas à mesa.

Como pode ser vista, a arte da capa é um caso a parte.

Bom apetite.

Os desaforismos de Adir Blanc



Mais conhecido como compositor da MPB, Adir Blanc tem em seu currículo de escritor crônicas publicadas em jornais do Rio de Janeiro e São Paulo.

Guimbas é uma coletânea de seus aforismos, ilustrados por Fábio Monstro!, com prefácio de Nani, orelha de Reinaldo (do Casseta e Planeta), e dedicado a Henfil.

O volume integra a Coleção Sigmund, idealizada por Jaguar e publicada pela Desiderata. Além de Henfil, João Ubaldo, Adão Iturrusgarai e Veríssimo ganharam frases nem um pouco corretas politicamente.

Aforismos (ou desaforismos) mundo afora - aqui estão as guimbas. O Quadro Mágico selecionou algumas:

O torturador solícito sempre pergunta: "Cumé qui cê vai querê os ovos?

Pelo jeito que meus netos estão viciatos, urge uma CPI dos narcoshoppings

A maconha pode estimular muito a criatividade. Vejam o caso do.., da..., pois é.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Grampá desenha Constantine

Notícia dada em primeira mão pelo gaúcho Carlos Ferreira. Leia aqui.

Festival Internacional de Humor do Rio divulga seus premiados


CARTUM DE JARBAS, SELECIONADO PARA INTEGRAR CATÁLOGO

A primeira edição do Festival Internacional de Humor do Rio divulgou ontem o resultado do Prêmio Desenho de Imprensa 2008.

Em cada categoria, os três primeros colocados recebem o troféu oficial do evento e, no caso de residirem fora do Rio, passagem e hospedagem para a cerimônia de premiação, marcada para esta quarta-feira, 22.10.

Além disso, o primeiro lugar recebe o prêmio de R$6 mil, com exceção da categoria ilustração, em que houve empate, com cada artista recebendo R$5 mil. O segundo lugar recebe R$4 mil.

O júri decidiu criar o prêmio especial Valorização do Desenho, voltado para veículos de imprensa que tenham enfatizado o uso de ilustrações em sua diagramação.

Confira a lista dos nomes e, logo após, alguns trabalhos premiados.

1. Diario de Pernambuco
2. Correio Braziliense
3. A Tarde

A exposição com os selecionados será no Centro Cultural Correios, nos dias 22 e 23 de novembro.

ILUSTRAÇÃO

Primeiro Lugar: FC Lopes – “O Livro do Medo” (Correio Braziliense)
Primeiro Lugar: Carlus – “História sem muitas palavras” (O Povo)
Terceiro Lugar: Tulio Carapiá – “Abaixo a Bastilha” (A Tarde)

Prêmio Catálogo:
Cau Gomez – “Sopa de Letrinhas” (O Cometa Itabirano)
Jarbas – “Infarto, o mal dos jovens” (Diario de Pernambuco)
Kipper – “A Extinção dos Ponteiros” (Diálogo & Debates)
Mariana Massarani – “Quem é quem na Família Real”
(Ciência Hoje das Crianças)
Mário Bag – “Das Tumbas para a História” (Ciência Hoje das Crianças)
Mascaro – “Nobreza do Cordel” (Diário de Pernambuco)
Rogério Coelho – “Cadê? Bagunça no Sótão” (Recreio)
Walter – “Poesia e Companhia” (Ciência Hoje das Crianças)

CARICATURA

Primeiro Lugar: Hippert – “Ronaldo Fenômeno” (O Dia)
Segundo Lugar: Cavalcante – “João Ubaldo e Jorge Amado”(O Globo)
Terceiro Lugar: Cau Gomez – “Chavez” (Veja)

Prêmio Catálogo:
Aroeira – “Ronaldo” (O Dia)
Baptistão – “Nelson Jobim” (Sax)
Camilo Riani – “Lula” (Veja)
Dálcio – “Obama” (Veja)
Fraga – “Gabriel García Márquez” (Norte)
Gustavo Duarte – “Romário” (Lance)
Kléber – “Woody Allen” (Correio Braziliense)
Lézio – “Machado de Assis e Guimarães Rosa” (Diário da Região)
Quinho – “Ariano Suassuna e Chico Science” (Estado de Minas)

DESENHO DE HUMOR

Primeiro Lugar: Bruno Drummond – “Gente Fina” (O Globo)
Segundo Lugar: Jean – “Cuba” (Folha de São Paulo)
Terceiro Lugar: Greg – “Vingança do Diabo” (Diario de Pernambuco)

Prêmio Catálogo:
Dálcio – sem título (Correio Popular)
Fernandes – “Células Tronco” (Diário do Grande ABC)
Fraga – “Bolsa do Diabo” (Norte)
Gilmar – “Roubo de Patrimônio” (Diário do Grande ABC)
Jarbas – sem título (Diario de Pernambuco)
Kácio – “Marina Morena” (Correio Braziliense)
Orlandelli – sem título (Diário da Região)
Pryscila – “Amely, Mulher de Verdade” (Publimetrô)
Rucke – “Cantando no Óleo” (Diário de Itu)
Santiago – “Grande Liquidação” (Foco)







domingo, 19 de outubro de 2008

+ Mutarelli na Revista O Grito!



Desde 06 de outubro está no ar outra entrevista com o escritor e artista gráfico Lourenço Mutarelli.

O longo bate-papo foi um convite dos jornalistas Germano Rabello e Paulo Floro, e publicado pela revista eletrônica O Grito!.

Entre vários assuntos, a dupla pergunta se ele se incomoda de ser chamado de ex-quadrinista. Ao que Mutarelli responde:
"Tem pessoas que usam muito isso pra me atacar. O que me magoa nisso é eles depreciarem os quadrinhos, porque eu não parei os quadrinhos por desrespeitar, eu respeito profundamente, mas eu não gosto quando eles usam “o cara que fazia gibi”. Podem falar que meu livro é uma bosta, mas não venha atacar os quadrinhos. Não só o meu, mas qualquer quadrinho"

Leia aqui a entrevista na íntegra.

domingo, 12 de outubro de 2008

Entrevista com Lourenço Mutarelli na revista Continente de outubro



A revista Continente deste mês traz uma longa entrevista concedida a mim pelo escritor e artista gráfico Lourenço Mutarelli.

Ela surgiu de um bate papo que tive com o autor durante o 6o Festival Recifense de Literatura - a letra e a voz.

Mutarelli participou do evento em setembro, quando lançou seu novo livro, A arte de produzir efeito sem causa (Companhia das Letras), e conversando com o público em duas mesas, uma sobre literatura e cinema, e outra sobre literatura e quadrinhos.

O site da Continente traz apenas um pequeno trecho da entrevista, com direito a uma chamada do repórter Diogo Fonseca, com ilustrações do artista.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Aú, O Capoeirista >> agenda de lançamento



Foi lançado hoje, em Salvador, o mais novo personagem da HQ nacional: Aú, o capoeirista. A estratégia de divulgação levará o cartunista Flávio Luiz, criador do personagem, a cinco outras capitais: Salvador, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo.

No Recife, será no próximo dia 14, às 19h, na Livraria Cultura (Paço Alfândega - Recife Antigo). A programação conta com bate-papo de 30 minutos, seguido de sessão de autógrafos com Flávio Luiz e Laílson sobre quadrinho autoral e mercado nacional.

Abaixo, o release completo do projeto, com agenda dos lançamentos:

As histórias, ambientadas na capital baiana, são repletas de aventura, humor e consciência ecológica mostrando o cotidiano do capoeirista mirim Aú e seu inseparável amigo, o macaquinho Licurí. A edição de luxo, em capa dura, será lançada também em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife. Por meio do site, o leitor saberá como adquirir a publicação e mais informações sobre os personagens e a história da capoeira no País.

Nascido em 1992, dos traços do premiado cartunista Flávio Luiz, Aú – cujo nome significa um conhecido movimento da capoeira -, começou com o esboço de um típico capoeirista baiano recepcionando uma francesa nas ruas do pelourinho e foi criado por ocasião da exposição Bandes Dessinée – quadrinhos franco-belgas, em parceria com a Aliança Francesa, em Salvador.

Nascia assim a idéia de criar um personagem com características do povo brasileiro. Anos mais tarde, Flávio Luiz desenhou um capoeirista mirim, na época com oito anos. Por meio de sucessivos estudos, esboços e aperfeiçoamento no traço, o personagem se consolidou, ganhou vida e atualmente tem 16 anos.

Segundo Flávio Luiz, o objetivo da publicação de Aú, o capoeirista, é conquistar um público leitor de histórias em quadrinhos carente de personagens tipicamente brasileiros, no cenário das HQ nacionais. “A hospitalidade, a alegria, a criatividade do povo baiano retratada nos personagens servirá para divulgar ainda mais os lugares, ritmos e as diferenças da nossa cultura, principalmente a cultura negra e seu sincretismo”, declara Flávio.

Flávio Luiz tem seus trabalhos reconhecidos no Brasil e no exterior (I Festival Internacional de Cartoon da Suécia, em Malmo com o tema ecologia). Foi ganhador de prêmios em vários salões de HQ, entre eles o importante Salão de Piracicaba (1994 e 2000). Em 2000 recebeu o Troféu HQMix – considerado o Oscar dos quadrinhos no País – com a revista independente Jayne Mastodonte Adventures #1.

A publicação de Aú, o capoeirista, viabilizada com recursos da Lei Rouanet de incentivo à Cultura, é fruto da árdua caminhada do desenhista que acreditou na construção de um personagem “heróico” representando a essência do povo brasileiro. “Aú é jovem, forte, educado, hospitaleiro e corajoso. Ele chegou para enfrentar o que for”, afirma, orgulhosamente, Flávio Luiz.

Serviço:

Aú, o capoeirista.

Álbum em edição de luxo, capa dura, 21,5 cm x 29 cm, papel couché.
Preço de capa: R$ 48,00

Salvador - 11 de outubro, às 10 horas.
Local: Livraria LDM
Rua Direita da Piedade, 20
Salvador - BA
TEL.: (71) 2101-8007

Recife – 14 de outubro, às 19h00.
Local: Livraria Cultura
Paço Alfândega
R. Madre de Deus, s/nº
Recife - PE
Tel.: (81) 2102-4033

Belo Horizonte – 16 de outubro, às 19h.
Local: Café da Travessa Livraria
Av. Getúlio Vargas, 1405 - Savassi
Belo Horizonte - MG
Tel.: (31) 3223 8092

Rio de Janeiro – 20 de outubro, às 19h.
Local: Livraria Letras & Expressões
Av. Ataulfo de Paiva, 1292 – Leblon
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2511-5085

Curitiba: 21 de outubro, às 19h.
Local: Itiban Comic Shop
Av. Silva Jardim, 845.
Curitiba – PR
Tel.: (41) 3232-5367

São Paulo – 24 de outubro, às 19h30.
Local: HQMix Livraria
Praça Franklin Roosevelt, 142 – Centro.
São Paulo - SP
Tel.: (11) 3259 1528 / 3258 7740

sábado, 4 de outubro de 2008

Capas de CDs Pernambucanos: "Eu tiro o couro do dançador" - Coco de Tebei e "Antologia Pastoril Profano"

Dando continuidade à série Capas de CDs Pernambucanos, o Quadro Mágico apresenta a arte para os álbuns Eu tiro o couro do cantador, e Antologia do Pastoril Profano.

Ambos são produtos da Sambada Comunicação e Cultura.


PROJETO GRÁFICO DE DANIELA BRILHANTE

Eu tiro couro do dançador é um CD/DVD que registra o Coco de Tebei, folguedo de origem indígena, identificado no início do século passado pela famosa missão Mário de Andrade. De lá pra cá, a manifestação saiu da área urbana de Tacaratu (sertão pernambucano) para a área rural. O lançamento será em novembro.

"A capa do Tebei foi criada a partir de elementos cristãos. Os integrantes tem muita devoção aos santos católicos. As flores de papel de seda que enfeitam a capa são as mesmas que ornam o oratório de Maria do Carmo, uma das cantoras. Elas foram agrupadas em forma de oratório e as nuvens estilizadas são para dar um ar celestial. A textura do fundo, é scaneada de tramas de peças de tear manual. Muitos dos integrantes do Tebei trabalham com tear", explica o produtor Pedro Rampazzo.



Já o volume Antologia Pastoril Profano está disponível nas lojas. "A capa do Antologia Pastoril Profano é totalmente em cima de um quadro de Bajado, um artista que produzia trabalhos de arte naïf para letreiros de cinema", diz Pedro.

Jarbas premiado em Brasília



Com o cartum acima, o artista gráfico pernambucano Jarbas Domingos foi premiado 1º Salão Internacional Pátio Brasil de Humor Sobre Meio Ambiente, em Brasília.

O tema dessa primeira edição foi "Aquecimento Global".

De acordo com Jarbas, a competição convocou concorrentes de países como Alemanha, Ubesquistão, França, Eslováquia, China, Estados Unidos, Uruguai, Azerbaijão, Ucrânia e Istambul.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sandman, de volta pela Pixel



Nem bem a Conrad terminou de republicar o que seria sua edição definitiva, a Pixel Editora apresenta uma nova versão para Sandman.

"E de um jeito que você nunca viu", garante o blog da editora carioca.

O primeiro volume para a obra máxima de Neil Gaiman chega às lojas neste fim de mês, pela bagatela de R$ 29,90.

No total, serão 17 volumes, desovados a cada três meses. Capa cartonada com orelha, e desenhos recoloridos de acordo com a edição gringa Absolute Sandman.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pré-venda: Criaturas bizarras de outro planeta - Calvin e Haroldo



Criaturas bizarras de outro planeta é o quinto volume das histórias completas de Calvin & Haroldo. Criados em 1985 pelo cartunista norte-americano Bill Waterson, os personagens ganharam fama nas páginas de jornais do mundo inteiro. No formato álbum, venderam mais de 30 milhões de cópias.

Desde 2006, a Conrad Editora se dedica a publicar a versão nacional das aventuras da dupla, no ritmo de dois livros por ano, seguindo o formato original dos álbuns.

O livro só chega às lojas em novembro, mas já é possível reservar o seu no site da Conrad.

sábado, 20 de setembro de 2008

Elegia à loucura - Batman: Arkham Asylum



É possível afirmar que Christopher Nolan se inspirou em três HQs para compor seu filme Batman - o cavaleiro das trevas - certamente o melhor filme do personagem até o momento.

A piada mortal, de Alan Moore e Brian Bollan), O cavaleiro das trevas, de Frank Miller e Lynn Varley e Asilo Arkham, de Grant Morrison e Dave McKean.



Vale a pena se dedicar especificamente a este último. Não só pela arte inigualável de McKean (eminente capista de Sandman), mas pelas situações criadas por Morrison (All Star Superman). Se você achou punk o Coringa interpretado por Heath Ledger, precisa conhecer este aqui.

Grande parceria, publicada no Brasil em 1990 pela Editora Abril - e hoje, item de colecionador. Vale a pena procurar nos sebos, assim como a reedição comemorativa de 15 anos, publicada nos EUA pela DC Comics.

Me lembro bem de ter lido a repercussão no jornal, numa época em que notícias sobre quadrinhos eram coisa rara.

As HQ chocou bastante na época, e dá pra entender porque. "Não sou gostoso o bastante para ser comido?", perguntou o palhaço para o morcego.

Batman nunca tinha sido atacado desta forma até então... sobrou até comentários maliciosos no que diz respeito à natureza do relacionamento entre o morcego justiceiro e seu pupilo, o Robin.


"RELAXA, BUNDINHA DE FERRO"


Assim como o coringa nunca havia sido apresentado assim, a face enlouquecida do mal. A trama se passa toda dentro do asilo, um espaço exclusivo para criminosos insanos. Nele, todos os inimigos de Batman estão presos (menos o Pingüim, que é considerado apenas excêntrico), quando o Coringa resolve promover um motim. O objetivo é atrair Batman para o sanatório onde, na opinião dos malucos, ele realmente pertence.

Paralelamente, é contada a história da antiga dona do casarão, que viveu no século 19.


"O QUE FOI, TOQUEI NUM NERVO EXPOSTO? COMO ESTÁ O GAROTO-PRODÍGIO? JÁ COMEÇOU A SE DEPILAR?"

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Monstro Amor lança CD na FESTinstalação



Monstro Amor é o nome da banda.

Eles acabam de lançar CD. 14 faixas experimentais e dançantes. Tudo gravado ao vivo, em estúdio.


EVANDRO Q? DURANTE A SESSÃO DE ESTÚDIO

"Free rock", define Evandro Q?, idealizador do projeto, ativista político, DJ e dono de bar. Participam do projeto Victor, o Mago (tecladista e pianista, ex-Zé Povinho); Robson Schizo (ex – 3°Mundo, Headsbacon & suas Acerolas Explosivas, Garapa Nervosa, A Head Ahead); Grilo (Conceição Tchubas, Gnomos da Metrópole, Grilowsky, Nuclear Extreme, Organização do Reino das Trevas, Geladeira Metal); e Roma Roma (Alice Quer Ser Punk, Missão Oriunda do Caos).

A arte é de HKE (Henrique Koblitz), em projeto gráfico que faz do encarte um pôster dobrável:



A "monstralização" começa hoje (sábado), às 20h, no IRAQ. Sem hora pra terminar.

Ainda na programação:

Performances de Biagio Pecorelli, Orlando Nascimento e Léo Resende; instalações de origamis de Adriana Mendonça, Eva Duarte, Giselle Gouveia e Maité Kulesza; cerâmica de Cristiane Mergulhão e Cláudia Holanda; sonora de Eva Jofilsan; exposições de móbiles de Cris da Hora, fotografias de Josivan Rodrigues e desenhos de Cleto Campos.

VJ: Fernando Peres

DJs: Evandro Q?, Trazom, Dani Brilhante e Abel.

Desenho de luz: Trazom

Olho de Bolso lança livrinho na FESTinstalação



"Homem da Roça, a lida com o gado foi tudo que aprendeu.
Caboclo simples, na fazenda servil por muito viveu."

Esta é uma poesia de Luca Barreto, artista, talentoso fotógrafo do coletivo Canal 03, que lança livro, ou melhor, o livrinho Domingos, amanhã, durante o evento multimídia FESTinstalação, onde haverá outras atrações simultâneas do SPA. Aliás, ouvi dizer que vão colocar uma língua gigante na entrada da casa.



Entrada a R$ 5.

Domingos é o novo título da coleção Olho de Bolso, editado pela Livrinho de Papel Finíssimo Editora e o selo Ragú Zine, e que agora entra em nova fase.

Conheça os outros títulos aqui, aqui e aqui.

Livrinho a R$ 5.

A sessão de autógrafos e a conversa com o autor começam às 20h, no bar de Seu Biu e segue noite adentro no IRAQ, onde será inaugurado o ponto de venda permanente da Livrinho. Endereço do Bar de Seu Biu: Rua do Sossego, 144. Endereço do IRAQ: em frente ao Bar de Seu Biu.

O release do convite diz que a poesia de Luca "revela as cascas de um sertanejo, filósofo da vida e da pedra, cujas agruras frente aos conflitos com os homens e com amor o levam a se isolar em uma gruta, se tornando assim, mais humano. Um poema pessoal geoetnográfico, fruto das andanças e documentações desse profissional humanista da fotografia, rico nas texturas visuais da rocha, detritos humanos e da paz de uma vida ressequida".

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

"Hellboy - o exército dourado", nesta sexta nos cinemas



Criação máxima do quadrinista norte-americano Mike Mignola, o fortão mau humorado Hellboy estréia sua segunda aventura cinematográfica nesta sexta-feira.

Hellboy - o exército dourado é dirigido por Guillermo del Toro (Labirinto do Fauno), o mesmo da primeira sequência. No Brasil, o filme chega bem depois dos EUA, onde desde junho está em cartaz, inclusive desbancando Hancock e Eddie Murphy.

Pra quem quer tirar o atraso logo, amanhã (terça, 02/09) tem pré-estréia, às 21h, no Multiplex Recife (Boa Viagem).


HELLBOY, BY MIKE MIGNOLA

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Lourenço Mutarelli no Recife



O senhor acima se chama Lourenço Mutarelli. A reprodução é um auto-retrato publicado em A arte de produzir efeito sem causa, seu novo livro, e o primeiro editado pela Companhia das Letras.

Ele chegou ontem ao Recife, para uma série de atividades a convite do 6º Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz. Uma delas será o debate Literatura Quadro a Quadro, ao lado de João Lin (coletânea Domínio Público - ver post abaixo) e Artur Rogério (coletivo Nós-Pós). Anote aí: será amanhã, às 15h, no auditório da Livraria Cultura (Paço Alfândega). Após o debate, sessão de autógrafos.

Ontem tive o prazer de conhecer Mutarelli. Foi durante o debate sobre literatura e cinema ao lado de Homero Fonseca e Fernando Monteiro. Entre outros assuntos, ele disse que não se sente proprietário de seus trabalhos, por isso não precisa ter controle sobre as adaptações de seus livros para o cinema, como no caso de O cheiro do ralo (dirigido por Heitor Dhalia) e O natimorto (dirigido por Paulo Machline). Ele considera este último, com estréia prevista para o começo de 2009, como um filme estranho e mais condizente com sua estética. Mas há a ressalva: "eu não faria tão pesado".

Assim como em O Cheiro do Ralo, Mutarelli participa da produção como ator, desta vez, o protagonista. Para compor o personagem, ele teve que perder peso e se submeter a um preparador de elenco. "Ele disse para usar o constrangimento a meu favor. Não costumo me orgulhar do que faço, mas gostei do resultado", confessou.

Sobre a carreira de quadrinista, ele diz ter desistido por estar preso a uma teia de cobranças da antiga editora (Devir). "Entrei numa crise que me deixou um ano e meio sem desenhar", contou. "Me especializei tanto em bico de pena que não havia mais descobertas. Voltei a desenhar há pouco tempo, com materiais precários, onde não tenho tanto controle do resultado".

Saiba mais sobre Mutarelli e a coleção Domínio Público clicando aqui ou nos posts abaixo.

Lourenço Mutarelli traz arte múltipla ao Recife



André Dib // Especial para o Diario
andrehdib@gmail.com

A influência mútua entre literatura e quadrinhos volta à pauta da programação do Festival recifense de literatura - A letra e a voz, promovido pela Fundação de Cultura da Prefeitura do Recife. Para discutir essa relação cada vez mais íntima e seus possíveis desdobramentos, o evento promove a mesa Literatura quadro a quadro, com participação de Lourenço Mutarelli, João Lin e Artur Rogério. O encontro está marcado para amanhã, às 15h, no auditório da Livraria Cultura (Paço Alfândega).

Entre outras considerações, João Lin deve trazer à mesa sua experiência em editar a Domínio Público, coletânea de contos adaptados para os quadrinhos, que acaba de ganhar nova edição pela editora paulista DCL (veja matéria abaixo). Por sua vez, Artur Rogério representa o Nós-pós, promissor coletivo da nova geração da literatura recifense. Logo após o debate, Mutarelli autografa A arte de produzir efeito sem causa (Companhia das Letras), terceiro romance de uma carreira que começou nas artes gráficas e hoje se estende à seara cinematográfica, inclusive como ator principal da adaptação de seu primeiro livro, O Natimorto, transformado em comédia noir pelo diretor Paulo Machline.

O novo livro do autor de O cheiro do ralo conta a história de um homem que abandona a família e o emprego para se hospedar na casa do pai. O elemento autobiográfico é pressentido na semelhança do protagonista com o autor: ambos têm 43 anos e foram batizados com o nome do pai. Em entrevista ao Diario, o autor confessa que, apesar de utilizar cenas e detalhes reais como matéria prima, os dois "Júnior" vivem momentos diferentes.

Na ficção, "Sênior" se preocupa com "Júnior", que desenvolve a afasia, grave doença degenerativa que aos poucos acaba com a capacidade cognitiva, principalmente de pensar e compreender as palavras. "Me inspirei em William Burroughs, que tinha em sua obra uma tentativa em destruir a linguagem". Isso se traduz visualmente no próprio livro, na presença de estranhos gráficos desenhados porJúnior / Mutarelli com caneta esferográfica azul. As interferências visuais instigam e comprometem um bocado o conceito convencional de diagramação.



Apesar do reconhecimento obtido no mundo dos quadrinhos, Mutarelli não pretende voltar à atividade, com ressalva para trabalhos puramente experimentais e sem a rigidez dos prazos editoriais. "Estava me tornando um profissional, tinha que entregar uma HQ por ano", justifica o escritor. "A literatura abriu outras portas para mim. Eu já estava cansado de fazer quadrinhos, então não foi difícil parar". Claro que as chuteiras (temporariamente?) penduradas não o impedem de falar sobre o assunto. "Minha literatura é fruto das histórias em quadrinhos. Aprendi a escrever com síntese por causa do espaço pequeno dos balões, a descrever um cenário com poucos elementos. Até a forma de abordar e aprofundar os personagens é influenciada por esse universo".

Esse texto radicalmente condensado, principalmente nos diálogos, estabelece um ritmo que encontra paralelo não somente nosquadrinhos, mas nos roteiros de cinema, o que faz deste A arte de produzir efeito sem causa um produto atípico e potencialmente renovador do fazer literário.

Serviço
A arte de produzir efeito sem causa, de Lourenço Mutarelli
Editora: Companhia das Letras
Preço médio: R$ 39,50

Olavo Bilac e companhia em HQs da Domínio Público



Renato L // Diario
renatol@diariodepernambuco.com.br

O projeto Domínio público - literatura em quadrinhos, idealizado pelos pernambucanos João Lin e Mascaro (editor de arte do Diario e do Aqui PE), colocou um desafio instigante diante de um grupo de jornalistas e quadrinistas: adaptar para o universo dos comics uma série de narrativas de autores brasileiros canônicos como Machado de Assis, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac e Lima Barreto. Lançado de forma independente em 2006, o primeiro volume retorna às prateleiras pela editora DCL, com outro formato gráfico, que reforça a riqueza narrativa e visual das histórias selecionadas.

João Lin e Mascaro aproveitam no novo projeto a experiência adquirida com a revista Ragú, produzida por eles, que já está na sétima edição - um feito e tanto em um mercado rarefeito para os quadrinhos como o nordestino. O título da nova empreitada dá uma pista dos objetivos da dupla: driblar as restrições cada vez mais contestadas das leis de direito autoral e divulgar a obra de autores muito citados, mas, às vezes, pouco lidos. "Sempre acreditamos no potencial desse produto para sair do gueto underground. O acordo firmado com a DCL nos dá uma distribuição nacional mais eficiente", afirma Mascaro.

A entrada em cena da editora paulista tem uma explicação: o governo federal incorporou os quadrinhos ao Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), um projeto instituído em 1997 para facilitar o acesso de professores e alunos aos bens culturais. Esse mercado estatal, cobiçado por toda a indústria do livro brasileira, possibilita que uma obra como Domínio público alcance uma tiragem inicial em torno dos 15 mil exemplares. Agora, a estudantada - mas não só eles, claro - pode conhecer com mais facilidade as adaptações para quadrinhos de contos como O homem que sabia javanês (Lima Barreto), A cartomante (Machado de Assis) e O soldado Jacob (Medeiros e Albuquerque).

"Trabalhar com material desses nomes canônicos foi uma maneira de contornar a escassez de bons roteiros dos quadrinhos nacionais", afirma Mascaro. Para escolher as duplas de adaptadores e ilustradores, ele e João Lin levaram em conta a compatibilidade dos potenciais convidados com o estilo dos contos originais. "Em alguns casos, a adaptação foi feita antes da quadrinização. Em outros, se deu exatamente o contrário. As duplas tiveram autonomia para decidir sua maneira de funcionar", conta Mascaro. Vários jornalistas pernambucanos - ou radicados no Estado - estão entre os escolhidos pelos idealizadores, como Júlio Cavani e André Dib, ambos repórteres do Viver, e de Lydia Barros,ex-editora do Viver.

O segundo volume da série Domínio público, reunindo autores estrangeiros como Bram Stoker e Esopo, também foi publicado de forma independente e pode ser encontrado nas livrarias. Por enquanto, a DCL ainda não confirma seu relançamento nacional. Mas Lin e Mascaro não perdem tempo: eles planejam, agora, um terceiro volume, dedicado ao realismo fantástico.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Let the sunshine in - Wood & Stock na Antologia Chiclete com Banana



Podes crer, não é flashback. Wood & Stock, os últimos dos dinossauros, são a capa da Antologia Chiclete com Banana nº 6 (Devir / Jacarandá, R$ 6,90).

Além da dupla hippie, outros personagens fazem a cabeça do leitor, neófito ou nostálgico: o Pequeno Lobatinho (a fotonovela), Walter Ego, New Imbeciw, e claro, os impagáveis Los Três Amigos.

A seguir, uma seleção do Quadro Mágico faz uma prévia da viagem que está a nova revista.









sábado, 23 de agosto de 2008

Um longo Despertar



Separações levam a pensar nas diferenças entre o antes e o depois de uma relação, e como a recente experiência será levada (ou o levará) até o fim dos dias. Agora que tudo terminou, não sou mais o mesmo, assim como vejo o outro - e o mundo - com outros olhos.

Neste mês de agosto se encerra a longa relação entre leitores brasileiros e a mais famosa criação do escritor inglês Neil Gaiman. Sandman - despertar (Conrad, R$ 69,90) é o décimo e último livro desta série em quadrinhos que marcou época, e que desde 2004 estava sendo republicada pela Conrad em definitivos volumes de luxo.



Até então, a série tinha sido lançada em 75 números no formato comics. No Brasil, a primeira edição data de 1989, pela Editora Globo. Naquela época (assim como hoje, talvez), não havia nada tão elaborado conceitualmente nos quadrinhos.

Sandman (Homem da areia) é um personagem da cultura popular européia, que sopra areia nos olhos para as crianças dormirem. Reinventado por Gaiman, ele assume a identidade de Lorde Morpheus, mestre do Sonhar, reino habitado por todos nós em algum momento da vida. Para saber mais sobre Sandman e seus irmãos Perpétuos, clique aqui.

Um universo paralelo certamente fantasioso, porém tão detalhado em nuances que parece real. Me lembro bem da minha primeira percepção involuntária dessa realidade não aconteceu enquanto lia a HQ, mas no ato corriqueiro de preparar uma comida. Naquele momento percebi que obras de arte são assim, permanecem vivas após o contato.

Para existir, uma relação precisa levar a lugares novos, neste caso, no mínimo, estranhos. De forma que o fim chega envolto de melancolia e certa resistência, como naqueles sonhos bons que, a despeito dos ânimos, insistem em terminar.

sábado, 9 de agosto de 2008

Calvin e Haroldo de volta em "Yukon Ho!"



A Conrad Editora acaba de lançar Yukon Ho!, mais um volume das "obras completas" de Calvin e Haroldo. Este é o quarto título nacional dedicado à criação mais famosa do cartunista Bill Waterson.

Desde os anos 80 suas tirinhas freqüentam jornais de todo o mundo.

Muitas vezes, uma tira em quadrinhos é algo descartável, que vai pro lixo junto com seu suporte, o jornal. Em alguns casos, no entanto, o material é tão bom que chega a doer vê-lo como papel pra embrulhar peixe. É o caso do trabalho de Waterson, que agora ganha o tratamento que merece.

Calvin é um menino irriquieto, o típico "pestinha" que inferniza a vida dos pais. Filho único de um casal classe média norte-americano, ele tem em seu tigre de pelúcia, Haroldo (em inglês, Hobbes, em homenagem ao filósofo), um cúmplice sutil e sensível com o qual vivencia uma realidade paralela própria das crianças.

Ao contrário do que parece, Calvin e Haroldo dialoga mais com adultos do que crianças. Seu universo representa um paraíso perdido para os crescidos, e aí reside o carisma poético e por vezes melancólico de sua leitura.

A trabalhos assim costuma-se atribuir um nome: clássico.

Abaixo, leia uma das tirinhas selecionadas pelo Quadro Mágico.


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A Turma da Mônica, 40 anos depois

Sinal dos tempos: a Turma da Mônica cresceu. E virou mangá, lançado pela Panini Editora.

A seguir, o Quadro Mágico traça uma breve linha do tempo da personagem:


AGOSTO DE 1968




AGOSTO DE 2008:

sábado, 2 de agosto de 2008

The Spirit, o filme vem aí



Marcado para dezembro a estréia mundial de The Spirit, o herói de Will Eisner trazido às telas por Frank Miller.

O trailer já circula na internet, e demonstra sérias semelhanças com Sin City, co-dirigido por Miller ao lado de Robert Rodriguez.

No elenco, Gabriel Macht (Spirit), Eva Mendez (Silken Floss) e Samuel Jackson (The Octopus).