sexta-feira, 8 de maio de 2009

A jornada começa hoje, nos cinemas



Impressiona o fato de que, 43 anos depois, a série Star trek continue gerando novas produções. E este décimo primeiro longa injeta adrenalina suficiente para mais algumas continuações. A nova aventura, dirigida com talento por JJ Abrams (Lost, Fringe e Missão impossível 3) volta para o aparecimento dos personagens da série original: a tríade Capitão Kirk (Chris Pine), Spock (Zachary Quinto) e Dr. McCoy (Karl Urban), e os oficiais Nyota Uhura, Montgomery Scott, Ikaru Sulu e Pavel Checov. A breve participação de Winona Ryder (envelhecida como a mãe de Spok) e do próprio Leonard Nimoy (o Spok original, hoje com 78 anos) trazem dignidade ao todo.

Jovem brigão e sem limites para respeitar ordens, Kirk é convocado para se alistar na Academia da Tropa Estelar por um amigo de seu pai, que morreu heroicamente após um ataque romulano, povo que, assim como os Klingons, vive dando dor de cabeça aos mocinhos da Federação dos Planetas Unidos, espécie de ONU sideral.

Ele aceita o convite, mas trapaceia no teste de aptidão, o que o deixaria de fora da primeira missão da mitológica nave espacial USS Enterprise, não fosse um novo amigo, Dr. McCoy, o colocar para dentro. Chegando lá, ele descobre que Vulcano, o planeta natal de Spok, está sob ataque de Nero, o mesmo romulano que matou seu pai anos atrás.

O que talvez possa chocar aos antigos é o inadvertido romance entre Spock e Uhura, que se beijam no elevador, e mais desavergonhadamente, antes de um teletransporte.

Criada em 1966 por Gene Roddenberry, Star trek tem como característica usar a ficção científica para discutir os dilemas humanos. A série estreou no cinema em 1979 (na onda do sucesso de Star wars), em sequências que oscilaram entre o interessante e o ridículo. Ao contrário do que se temia, o filme de Abrams é muito bem resolvido e dialoga de maneira positiva com a série original. Aqui, os efeitos especiais são bonitos, mas importam menos que os dilemas humanos: amizade, amor, enfrentamento da morte.

Esteticamente, o espaço sideral navegado pelos herois apresenta tons coloridos que remetem ao tempo em que cenários eram pintados à mão. E há sequências de ação e novos efeitos para velhos recursos, como o teletransporte e o Warp drive (dobra espacial). Assim, a atmosfera original foi respeitada e devidamente atualizada às exigências estéticas do novo século. O que deve colocar os fãs antigos lado a lado com uma nova geração.

* publicado no Diario de Penambuco

2 comentários:

Mariângela Guimarães disse...

Oi André,
Sobre a foto de R. Correa e Siba, vou ver se é possível publicar o link, caso contrário troco por uma foto de divulgação.
Obrigada pelo retorno.
Abraço,
Mariangela

Anônimo disse...

hummm... to curiosa pra ver o filme!