sexta-feira, 22 de maio de 2009
Inconsequências na Casa Branca
Em dias de Obama, falar mal dos anos Bush é como chutar cachorro morto. Não que W. (EUA, 2008), de Oliver Stone, seja somente isso.
A cinebiografia se dedica a apresentar o ex-presidente em dois momentos da vida: os anos de formação acadêmica e início da carreira política, com cenas de bastidores em que Stone especula de que forma foram tomadas as mais difíceis decisões em seus oito anos de governo.
Interpretado com talento por Josh Brolin, como uma pessoa insegura, atrapalhada e de atitudes inconsequentes, Bush é retratado quase sempre em seus momentos íntimos, como tirando comida entre os dentes, dançando bêbado num balcão de bar ou em conversas com o pai, que rejeita e critica severamente o seu rebento.
Em termos de investigação, o longa não acrescenta nada além do que já tenha sido divulgado pela imprensa ao longo dos anos. O foco se atém à difícil relação entre "Papi" e "Júnior" (nomes pelos quais se tratam).
Longe das tramas conspiratórias que fizeram sua fama em filmes como JFK (1991), Stone optou pelo drama familiar que insiste em fazer apenas uma pergunta: "como uma figura como esta foi parar na Casa Branca?". Nas presenças de Donald Rumsfeld, Dick Cheeney, Condoleezza Rice e Colin Powell parece estar a resposta.
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Um comentário:
visse o filme de mesmo nome? mto interessante tb!
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