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Única atração internacional da mostra oficial do Festival de Curitiba, o espetáculo chileno Sin sangre impressionou pelo competente uso da linguagem do cinema, aplicada num espaço em que os atores são literalmente engolidos pelo cenário, projetado na frente e ao fundo do palco.
O efeito tridimensional regado a sonoplastia Dolby 5.1, apesar de usado de forma excessiva, é de ficar de queixo caído. Pena que o desempenho dos atores e a abordagem lacrimosa e pseudo-noir do texto original (do italiano Alessandro Baricco) deixou a desejar. Isso reduziu a peça a um grande experimento de linguagem, em que o teatro é apenas um elemento a mais desse laboratório audiovisual que já levou o espetáculo até a China, e mantém a agenda da companhia Teatrocinema lotada para os próximos quatro anos.
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