sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O sentinela verde merecia mais



As adaptações de personagens da DC Comics para o cinema tem sido modestas, se comparadas com a verdadeira desova da Marvel Studios. Desta, somente este ano tivemos X-Men, Thor e Capitão América, enquanto o tradicional selo de quadrinhos se concentrou em um único heroi, tão antigo quanto Superman e Batman, seus filhos mais famosos.

Uma das apostas da Warner para 2011, Lanterna Verde estreia hoje, com Ryan Reynolds (A proposta) liderando bom elenco (Peter Sarsgaard, Mark Strong e participação especial de Tim Robbins). O longa de Martin Campbell (007 - Cassino Royale) estreia também em questionável 3D, aplicado após a filmagem.

Ao contrário de outros filmes do gênero, como Homem de Ferro, Lanterna Verde não tem poder de dialogo com um público mais amplo, mas deve funcionar bem quem curte quadrinhos e cinema de fantasia. Reynolds é o piloto de caça Hal Jordan, o primeiro de vários humanos a integrar a tropa verde-esmeralda que zela pela paz nos mais distantes rincões do universo. Seus líderes estão preocupados com o avanço de entidade destruidora que se alimenta do medo de quem chegar perto.

A premissa é tão fantástica quanto infantil. Graças a um anel místico, os sentinelas são super-fortes, voam pelo espaço sideral e materializam qualquer objeto imaginável. Basta ter vontade e ousadia. Quando um deles sofre baixa nas cercanias da Terra, seu anel escolhe Jordan como substituto. O auge da ação está quando o monstrão ataca Nova York, ao estilo Godzilla. Isso, mais o visual questionável (a roupa dos lanternas brilha como purpurina e a máscara de Jordan não cola nem se fosse Carnaval), seria uma grande barra forçada, não fosse a narrativa ágil e bem amarrada, capaz de manter a atenção do começo ao fim.

(Diario de Pernambuco, 02/09/2011)

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