quinta-feira, 9 de julho de 2009

Paulínia quer ser oásis do audiovisual


Ator francês Vincent Cassel contracena com Laura Neiva em À deriva, filme que abre hoje à noite o Festival de Paulínia.

A partir de hoje, uma cidade do interior paulista sedia um dos mais jovens e promissores festivais de cinema do Brasil. Hoje, e nos próximos seis dias, a reportagem do Diario, acompanha o 2º Festival Paulínia de Cinema, evento que vem despertando interesse, não só pela generosa premiação (R$ 650 mil, no total). Na cerimônia de abertura, somente para convidados, será exibido o filme À deriva, de Heitor Dhalia, que acaba de chegar do Festival de Cannes. Igualmente hors concours, encerra o festival o longa Tempos de paz, de Daniel Filho, homenageado do festival.

A partir de amanhã, entram em competição 24 longas e curtas selecionados por curadoria que tem à frente o crítico de cinema Rubens Ewald Filho. O programa inclui os longas Olhos azuis, de José Joffily, Antes que o mundo acabe, de Ana Luiza Azevedo (da Casa de Cinema de Porto Alegre), Caro Francis, de Nelson Hoineff (o mesmo de Alô Alô Terezinha, melhor filme do júri oficial e popular no último Cine PE), Sentido à flor da pele, de Evaldo Mocarzel, Quanto dura o amor?, de Roberto Moreira (de Contra todos), Moscou, novo doc de Eduardo Coutinho, sobre ensaios da peça As três irmãs, de Tchekov.

A programação, aliada a seminários e uma feira de negócios, tranquilamente poderia dar a este município a 118 km de São Paulo e pouco mais de 80 mil habitantes o status de Meca do audiovisual. No entanto, Paulínia almeja maiores pretensões: além de promover um grande evento, investe pesado para consolidar um pólo de produção e formação audiovisual. Durante o festival, serão inaugurados mais quatro estúdios - no momento há dois em funcionamento, onde foram rodados mais de 30 filmes, entre eles Jean Charles, Menino da porteira e Salve geral, novo de Sérgio Resende.

Além disso, serão anunciados os projetos contemplados pelo edital deste ano, que conta com R$ 8 milhões para a produção de dez longas. O que torna apropriada a analogia entre Paulínia e Dubai, a cidade dourada no deserto do Oriente Médio. Aliás, "Emirados Árabes" e "Hollywood brasileira", foram termos utilizados pela imprensa para descrever o evento que pretende ser o mais novo oásis do cinema nacional.

* publicado no Diario de Pernambuco, com (poucas) alterações.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah! Esses palistas!

Meca do Audiovisual? Hollywood brasileira?

Gente! Isto ate pode vir a acontecer um dia, laaaa... no futuro. Mas para isto se tornar realidade, Paulinia tera que superar a Cidade do Rio de Janeiro, esta sim, a Meca do Audiovisual no Brasil e na America Latina. Esta sim, a Hollywood brasileira!

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A indústria da cultura e audiovisual brasileira representa, aproximadamente, 1% do PIB do país algo em torno de R$ 19.3 bilhões ( Fonte: IBGE – 2005 ) . A indústria da cultura e audiovisual fluminense representa 4,5% do PIB do Estado, ou seja R$ 13 bilhões ( Fonte: CIDE/IBGE – 2005 ). Mais de 60 % da produção cultural e audiovisual do Brasil esta concentrada no Rio de Janeiro.

Considerando-se apenas a industria audiovisual, o Rio de Janeiro concentra 70% das captações, 66% dos filmes, 68% do público, 53% da fatia de mercado, 13% das empresas, 27 % dos salários, 16% do pessoal e a origem de 67,3% das produtoras de cinema do país ( Fonte: Geografia da Indústria Audiovisual / Marta Abrantes )

O BNDES e a Petrobrás, os maiores investidores, investem recursos da ordem de 60% a 70% no Rio de Janeiro no setor de audiovisual. São Paulo divide com os demais Estados os de 30% restantes.
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No Rio estao o RECNOV [ 8 estudios], o PROJAC [10 estudios], o POLORIO [8 estudios], a TYCOON [2 estudios] mais todos os estudios privados espalhados pela cidade, ja que, boa parte das empresas socias do POLORIO [ quase 100] possuem estudios proprios dentro de suas sedes na area do POLORIO, Cine, Video & Comunicacao.

Entao!... Ja viu, ne!

Detalhe: Eu nao sou carioca, nao! Eu apenas leio e sou informado.