quarta-feira, 1 de julho de 2009

Férias na era do 3D



A temporada de férias está aberta, e A era do gelo 3 (Ice age: Dawn of dinossaurs, EUA, 2009) é a grande aposta da indústria para os próximos 30 dias. O novo Harry Potter pode até ser uma ameaça ao reinado dos animais pré-históricos, mas isso fica para daqui a 15 dias, data anunciada para o lançamento. Uma vantagem e tanto para o mamute Manny, o tigre Diego e a preguiça Sid, que certamente vão deitar e rolar nas bilheterias.

Para não arriscar um minuto sequer, 650 cópias entram hoje no circuito nacional de exibição. Não bastasse, 60 salas equipadas com projeção digital 3D apresentam a nova aventura, desta vez num perigoso mundo habitado por dinossauros. Em Pernambuco, as 20 salas exibirão cópias dubladas.

Este terceiro episódio da franquia dirigida por Carlos Saldanha marca uma inédita versão em tecnologia 3D. Nesta modalidade de exibição, a história não perde nem ganha elementos narrativos, mas certamente provocará os sentidos da gurizada - e dos adultos também. A prova disso está no Box Cinemas (Shopping Guararapes), que estrategicamente antecipou a versão para o último fim de semana e teve praticamente todas as sessões lotadas.



O Cinema em 3D existe há mais de 50 anos. Somente agora, com mais tecnologia, ele tem se mostrado um bom negócio - a taxa de ocupação das salas equipadas com o sistema normalmente é o dobro das demais. A diferença dos filmes antigos para os atuais está no controle total da imagem, o que permite desde sutilezas até o efeito "montanha russa", que chama mais a atenção do que a própria história.

Na maioria do tempo, o filme de Saldanha está vacinado contra isso. Com parcimônia, ele conta uma história que se espalha ao fundo, à frente e - vejam só - na tela também. Este também deve ser o desafio as produções que vêm por aí, como Avatar, aventura intergalática de James Cameron que estreia em dezembro, e O hobbit, de Guillermo del Toro, previsto para 2011.

Na intenção de assistir A era do gelo 3D e conferir as condições da sala 5 do Box Guararapes (a única que dispõe do equipamento no estado), a reportagem do Diario compareceu a uma das sessões de domingo. A primeira surpresa, no entanto, não foi nada agradável. Os óculos, entregues na porta de acesso à sala, estavam quase todos sujos de gordura.

Procurada, a gerência do Box Guararapes alegou que não houve tempo hábil para a limpeza de praxe, pois o intervalo de 20 minutos entre uma sessão e outra seria insuficiente para fazê-la. "A partir de sexta-feira não teremos mais este problema, pois os horários foram ajustados", explica Déricles Aguiar. Até lá, é melhor evitar os últimos horários.

Em vez do tradicional modelo de papelão, com uma lente vermelha e outra verde, os óculos atuais são de cristal líquido e, graças a uma bateria instalada nas laterais, funcionam como transmissores e receptores de raios infravermelhos. De acordo com Aguiar, cada unidade custa US$ 70.

Ele também informa que há clientes que forçam as hastes fixas até quebrar o cristal. Por isso, é importante prestar atenção nas crianças. No rosto delas, o acessório pode não se ajustar e cair. Em caso de perda ou avaria é cobrada multa de R$ 100.

Imposições necessárias à nova era do 3D.

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