sexta-feira, 1 de julho de 2011
Pinguins derrapam no gelo
Bem-sucedido homem de negócios não se dá bem com a família, até que uma trupe de pinguins vira sua vida pelo avesso e o faz aprender lições de vida. Sim, ainda se fazem filmes assim, ingênuos e fantasiosos como Os pinguins do papai (EUA, 2011). E sim, Jim Carrey continua fazendo caretas, agora tendo como “escada” seis aves geradas por computador.
Enviados por seu pai, um explorador da Antártida, os pinguins se instalam em seu flat de luxo enquanto ele tenta realizar o grande negócio que o tornará sócio da empresa em que trabalha. Como uma espécie de correção divina, os animais o fazem se reaproximar dos filhos e questionar a postura ambiciosa e corrompida nos negócios. A vontade de reconquistar a ex-mulher, a parte mais difícil, vira consequência.
Duas sequências lembram filmes antigos de pastelão. Numa, os pinguins bagunçam o coreto no Museu Guggenheim. Em outra, tentam escapar do zoológico onde foram trancados. Não por acaso, eles só se acalmam assistindo a Charles Chaplin de fraque e seu andar de Carlitos.
O longa de Mark Waters tem momentos de graça, mas, no geral, é tão dispensável quanto - para usar um trocadilho do roteiro - vender gelo na neve. Como comediante, Jim Carrey já fez melhor. E o filme é constrangedor, mas funciona como sessão da tarde.
(Diario de Pernambuco, (01/07/2011)
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