sábado, 9 de outubro de 2010
"Antes que o mundo acabe" é a principal atração de hoje no Fici
Premiado no Festival de Paulínia 2009, Antes que o mundo acabe (Brasil, 2010) vem literalmente subindo o país. Porto Alegre, Rio, São Paulo. De acordo com sua distribuidora, a Imagem Filmes, o longa acumulou em torno de 20 mil espectadores. Público acima da média para uma produção independente. Não se sabe se ele realmente estreará no Recife, portanto, as sessões promovidas hoje (às 16h no Cine São Luiz) e segunda-feira pelo 8º Festival de Cinema Infantil podem ser a chance do público assisti-lo no cinema.
E faz todo o sentido que a exibição ocorra durante o Fici. O primeiro longa de Ana Luiza Azevedo é colorido, leve e lúdico. Personagem principal, Daniel (Pedro Tergoline) não é uma criança, mas acaba de deixar o posto para viver dilemas e tensões próprios da adolescência. Seu ritual para a vida adulta passa pela descoberta do pai que vive do outro lado do mundo, história ocultada pela mãe.
Antes que o mundo acabe é romance de formação sobre duas rodas - Daniel vive em Pedra Grande, cidade de 16 mil habitantes e oito mil bicicletas. O encontramos pouco antes de receber as primeiras cartas do pai, perdendo a namorada para o melhor amigo e incompreendido pela família, que recebe seu mau humor como uma variação de hormônios típica da idade. A irmã mais nova (Caroline Guedes) de língua solta assiste a tudo e solta comentários pontiagudos e engraçados. Entre o folk e o rock'n'roll, a trilha sonora alterna de acordo com o humor de Daniel.
O primeiro longa de Ana Luiza surge após extensa carreira de produtos para a TV e curtas, entre eles Barbosa, um dos melhores dos anos 1980. Foi assistente de Jorge Furtado em Ilha das Flores, O homem que copiava e Meu tio matou um cara. Em 2003, foi premiada no Cine PE por Dona Cristina perdeu a memória e ano passado dirigiu a série global Decamerão. Baseado em livro homônimo de Marcelo Carneiro da Cunha, que a diretora conheceu através de seus filhos, o filme reafirma a marca da Casa de Cinema de Porto Alegre em fabricar filmes bem cuidados e acessíveissem apelar para a vulgaridade.
(Diario de Pernambuco, 09/10/2010)
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