
O que justifica mexer no irretocável? É a pergunta que surgiu desde que foi anunciado que haveria uma versão hollywoodiana para o filme sueco Deixa ela entrar (2009). Com Chloe Moretz (a Hit Girl de Kick-Ass) como a menina-vampira e Elias Koteas no papel de um policial que só existe no remake, Deixe-me entrar parece ter sido feito apenas para satisfazer a rejeição norte-americana às legendas.
A transposição não é má, mas perde em sutileza, por exemplo, ao mostrar dentes na carne. Além disso, no proceso de clonagem, pode-se copiar roteiro e estrutura, mas não a essência da obra, uma história de amor incomum, vivida por um garoto de 12 anos que sofre bullying e uma vampira adulta relegada ao corpo de uma criança. Na dúvida, prefira o original.
(Diario de Pernambuco, 20/05/2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário