A organização do Cine PE – Festival do Audiovisual anunciou sua programação principal na sede do Oi Futuro Ipanema, na última terça-feira. Alguns famosos renderam certo interesse para a mídia de celebridades, como Ney Latorraca, Bruno Garcia e Marcos Palmeira. Para os pernambucanos, no entanto, o lançamento não acrescentou muitas novidades, a não ser uma programação de longas que, com uma ou outra exceção, não corresponde à grandiosidade do evento. As demais informações, como a programação de curtas e as homenagens a Pelé, Wagner Moura, Chico Diaz, Vânia Debs, Camila Pitanga, Zelito Viana, a Revista de Cinema e ao governador Eduardo Campos, já haviam sido noticiadas.
A cerimônia no Rio também incluiu o lançamento do vídeo publicitário, onde, sob trilha sonora que remete a 2001 – Uma odisseia no espaço, um ovo se quebra no ar e, com música baseada em Pulp fiction, 007, Easy rider e Titanic, é preparado um bolo de debutante. São 15 anos de Cine PE, assim como do longa Baile perfumado, símbolo maior da retomada do cinema pernambucano, que será lembrado em homenagem, na noite de encerramento. A morte recente do diretor de fotografia do filme, o mineiro Paulo Jacinto dos Reis (mais conhecido como Feijão) foi lembrada por Bertini e lamentada por Lírio Ferreira, que, apesar do luto pela perda do amigo, compareceu ao evento. “Quando me mudei para o Rio, morei com ele em seu apartamento. Depois veio Paulo Caldas, que ficou lá até se casar”, lembra o cineasta. Feijão fotografou todos os filmes de Caldas: O rap do pequeno príncipe, Deserto feliz e o inédito País do desejo.
Dos sete longas da programação, todos inéditos, cinco disputam o Calunga: a comédia paulista Família vende tudo, de Allain Fresnot, com Luana Piovanni, Caco Ciocler e Lima Duarte; o documentário carioca Casa 9, de Luiz Carlos Lacerda, sobre a mitológica residência que recebeu vários artistas nos anos 1970, entre eles Lenine; o doc pernambucano JMB, o famigerado, de Luci Alcântara; a ficção paulista Estamos juntos, de Toni Venturi, com Leandra Leal e Cauã Reymond; Casamento brasileiro, de Fauzi Mansur; e a ficção carioca Vamos fazer um brinde, de Cavi Borges e Sabrina Rosa. Fora de competição serão exibidos O teatro de Augusto Boal (RJ), de Zelito Viana, e O rochedo e a estrela (PE), de Kátia Mesel.
Marcada para 28 e 29 de abril, no Cinema da Fundação, a Mostra Pernambuco este ano está reduzida a nove filmes: Cinema americano, de Taciano Valério; Palavra plástica, de Leo Falcão; 1:21, de Adriana Câmara; É lá que eu vejo, de Mateus Sá; Solar dos príncipes (PE), de Bruno Mendes e Henrique Edurado; Diário de um ator, de Cadu Pereiva; Bob Lester, de Hanna Godoy e Mariana Penedo; Vodka, de Victor Dreyer; e Aeroporto, de Marcelo Pedroso.
Sediados no Recife Palace, o hotel do festival, os seminários serão entre 3 e 5 de maio. O principal discutirá coprodução internacional Em conversa com Bertini, a reportagem do Diario apurou que a Mostra Pernambuco voltou para o Cinema da Fundação porque o “estado do Cinema São Luiz voltou a ser crítico”, ou seja não tem condições técnicas de receber o evento. E que, após o festival, os filmes vencedores serão exibidos no teatro do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem.
(Diario de Pernambuco, 14/04/2011)
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