quinta-feira, 14 de abril de 2011

Coluna de lançamentos da semana + notas de bastidores + "eu indico"



O coco, a roda, o farol e o pneu (Brasil, 2009). De Mariana Fortes. 80 minutos. Videofilmes.

Batuque - Uma vez por ano, moradores do bairro do Amaro Branco, em Olinda, se reúnem para festa que ficou conhecida como o Coco do Pneu. O documentário apresenta este como o ponto culminante de uma tradição secular, a partir do dia a dia de seus protagonistas, músicos, donas-de-casa e pescadores. Depoimentos de mestres como Ana Lúcia, Ferrugem, Pombo Roxo e Beth de Oxum dão legitimidade ao projeto.



Machete (EUA, 2010). De Robert Rodriguez. 108 minutos. Sony.

Chicano - Danny Trejo, ator-fetiche de Rodriguez (Planeta terror) é o heroi desta cômica e absurda vingança contra o xenofobismo dos EUA. Na fronteira do México, ex-policial é contratado para matar senador extrema-direita (Robert De Niro). Antes, precisa enfrentar líder do tráfico (Steven Seagal) e escapar de policial honesta (Jessica Alba). Lindsay Lohan em cena lésbica e vestida de freira enquanto atira são apenas uma amostra do espírito zombeteiro que baixou no diretor.

Eu indico



Depois de Horas (After hours, EUA, 1985), de Martin Scorsese. Por tudo. O começo despretensioso que não deixa vislumbrar o que vem depois e... o que vem depois: um louco turbilhão onde tudo acontece e ninguém sabe o que de mais bizarro pode acontecer ao protagonista. O final é ótimo, Rosanna Arquette é o que é e Scorsese é maluco. Só vendo.

Samuca Santos, poeta

Bastidores

Oscar brasileiro - Pernambucanos em peso na lista do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro: Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, foi indicado a melhor filme, diretor e roteiro; O homem que engarrafava nuvens, de Lírio Ferreira, a documentário; Irandhir Santos, a coadjuvante por Tropa de Elite 2; Recife frio, de Kleber Mendonça Filho, a curta de ficção; Ave Maria ou mãe dos sertanejos, de Camilo Cavalcante, e Faço de mim o que quero, de Sérgio Oliveira e Petrônio de Lorena, a curta documentário. Cerimônia de entrega será em 31 de maio.

Papa tudo - Rio, de Carlos Saldanha é a melhor abertura do ano nos cinemas brasileiros, onde estreou em 1013 salas. A animação atraiu 1,1 milhão de pessoas aos cinemas, o que gerou receita de R$ 13,7 milhões. No mundo, Rio estreou em 11,6 mil salas de 72 países. Somente neste fim de semana, o faturamento foi de US$ 55 milhões. Isso porque a Fox ainda não lançou o produto no mercado norte-americano, onde estreia amanhã.

Lígua mãe - Na próxima segunda, no Cinema da Fundação, será lançado o longa documentário Língua mãe, de Leo Falcão e Fernando Weller. O filme é baseado em espetáculos e oficinas de Naná Vasconcelos para crianças brasileiras, angolanas e portuguesas. Durante o evento, além de conversa entre público e realizadores da D7 Filmes, haverá pocket show com Naná.

Luto - Uma lágrima para a estudante Nanda Mateus, brutalmente assassinada na tarde da última terça. Seu talento merece ser conferido no curta-metragem Júlia e o porco, um experimento ousado e bem-humorado que recebeu menção honrosa no último Festival de Vídeo de Pernambuco. Fica a dica para uma homenagem nas próximas mostras de cinema.

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