quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Janela do Cinema junta 150 filmes de 23 países
Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, abre a Janela deste ano; os novos de Almodovar e Resnais também estão na programação
A Janela Internacional de Cinema do Recife anunciou ontem a programação completa de sua segunda edição. A partir da próxima sexta-feira e nos oito dias seguintes, 150 filmes de 23 países serão exibidos no Cinema da Fundação (Derby) e no Cinema Apolo (Recife Antigo). A entrada para os longas custam R$ 8 e R$ 4 (meia). As sessões de curtas custam R$ 1.
Confira a programação completa aqui.
Os abraços partidos, de Pedro Almodóvar, será exibido no domingo e é apenas o mais chamativo dos nove longa-metragens selecionados, todos inéditos no Recife. A abertura conta com a exibição de Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz. O filme de encerramento será Les herbes folles, nova obra do francês Alain Resnais.
Politist adjectiv, de Corneliu Porumboiu, prêmio do júri da mostra Un Certain Regard em Cannes 2009, representa a força do cinema romeno; exibido em Berlim, Double take, de Johan Grimonprez, é uma produção belga que narra os anos da Guerra Fria como fosse um filme de Hitchcock; a ficção carioca No meu lugar fez parte da seleção oficial de Cannes e marca a estreia do crítico de cinema Eduardo Valente no formato; encerram a seleção os documentários Um lugar ao sol, de Gabriel Mascaro, Corumbiara, de Vincent Carelli (melhor filme em Gramado) e Pacific, de Marcelo Pedroso, cuja primeira exibição será no Janela. "Há uma queda clara pela produção de Pernambuco, mas isso nem passa perto de dar uma força para o cinema daqui. Eles são pernambucanos quase que por acaso, porque antes de tudo são filmes de valor", diz o curador, Kleber Mendonça Filho.
Carelli também está na mostra Janela Pernambucana, com De volta à terra boa (em parceria com Mari Corrêa), que ainda traz Confessionário, de Leo Sette, São, de Pedro Severien e os inéditos Cinema império, de Hugo Coutinho e Tchau e bênção, de Daniel Bandeira. Os curtas da mostra estão divididos em nacionais e internacionais e somam 72 filmes de 20 países. Um deles é Olhos de ressaca, de Petra Costa, melhor do Festival do Rio.
Entre as mostras em parceria com instituições e produtores independentes, a mais emblemática, no sentido de traduzir o espírito do Janela, é a do Festival de Curtas de Oberhausen. O alemão Herbert Schwarze, curador do evento, apresentará cada sessão. Ano que vem, antecipa Mendonça, o próximo festival amigo será o de Clermont Ferrand. Cachaça Cinema Clube, Aliança Francesa, Cineclube Dissenso e Trincheira Filmes são outros parceiros que ganharam programa especial.
A verba ampliada para R$ 90 mil pelo governo do estado (ano passado orçamento foi de R$ 60 mil) permitiu ao evento investir na vinda de mais convidados de outros estados e países - este ano são 35. Além das sessões seguidas de debate com diretores, na sexta, segunda e quarta-feira, o público poderá confraternizar com os realizadores no espaço do Castiglianni Cafés, em frente ao Cinema da Fundação. Para os produtores, essa movimentação é prioridade.
Em seu segundo voo, o Janela cresceu e parece que não vai parar por aqui. No entanto, Mendonça não vê sentido em comparações. "O Cine PE tem um perfil bem definido, não faz sentido repeti-lo. O Janela oferece outra perspectiva de como filmes podem ser apresentados e escolhidos. Um acrescenta ao outro".
(Diario de Pernambuco, 14/10/09)
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Um comentário:
ei meninuu
comovai ozimke maresia?
uaheueahueah
bjo bjoo
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