Adrenalina - Das videolocadoras para os cinemas, a sensação do Oscar 2010 chega agora para venda doméstica. Celebrado pela narrativa incomum para um gênero saturado por imagens manjadas e frases de efeito, o longa não consegue evitar o discurso ideológico. Ele continua lá, menos óbvio, disfarçado pelo confinamento de soldados que desarmam bombas e procuram se manter vivos no deserto iraquiano. Pena que a melhor sequência, a que Jeremy Renner sai da zona de conflito e se perde num subúrbio árabe, nem dura tanto. No mais, tome adrenalina.
Guerra ao terror (The hurt locker, EUA, 2009). De Kathryn Bigelow. 131 minutos. Imagem Filmes.
Ressaca - A comédia que atraiu muita gente aos cinemas - e que emplacou no Brasil com uma piada a mais no título que parodia a campanha de trânsito - faz graça com o antigo mote da despedida de solteiro que termina em confusão. No caso, provocada por um trio de amigos que elege Las Vegas como cenário para a farra, que foi tão sem limites que no dia seguinte um deles sumiu e os dois restantes não se lembram como um bebê, um tigre e uma bagunça monumental foram parar no quarto do hotel. Além da ressaca, a eles só resta decifrar esse quebra-cabeças.
Se beber, não case (The hangover, EUA, 2009). De Todd -Phillips. 100 minutos. Warner.
Antonioni - Com músicas de Pink Floyd, The Youngbloods, Grateful Dead e Rolling Stones, o mestre do cinema mundial aborda a contracultura norte-americana, em ebulição na virada dos anos 60-70. Segundo de uma série de três filmes falados em ingês (os outros são Blow up e The passenger), aqui temos dois jovens estudantes engajados na luta contra o "sistema". Com seu relevo árido e e rico em contrastes luz-sombra, Zabriskie Point fica em um Parque Nacional dos Estados Unidos, locação utilizada por Antonioni de forma bastante experimental.
Zabriskie Point (EUA, 1970). De Michelangelo Antonioni. 113 minutos. Europa.
Clássico - Por décadas, os estúdios Disney mantiveram hegemonia com desenhos animados voltados para o imaginário infanto-juvenil e da literatura universal. Agora que a tecnologia digital recria a realidade ao bel prazer, os limites das técnicas tradicionais viram recurso de linguagem para os mais nostálgicos e pais interessados em oferecer para os filhos desenhos parecidos com os que assistiram quando crianças. Assim, a clássica história da princesa que beija o sapo-príncipe ganha variações, em que a princesa é negra e se transforma em perereca antes de outra tradição: o final feliz.
A princesa e o sapo (The princess and the frog, EUA, 2009). De Ron Clements e John Musker. Disney.
Bastidores
O Festival de Toulouse, na França, promove esta semana uma retrospectiva de oito curta-metragens do crítico e realizador Kleber Mendonça Filho. A primeira sessão foi ontem e a próxima será no sábado. Os filmes também podem ser assistidos em boa qualidade via internet, aqui.
A jornalista Silvana Marpoara apresenta amanhã seu documentário Mulher além da maré, sobre mulheres pescadoras de Itapissuma, no Litoral Norte. Será às 11h, no auditório do Posmex, no Departamento de Educação da Universidade Rural de Pernambuco.
Três festivais estão com inscrições abertas para curtas e longa-metragens. Até 30 de abril, o Cine Ceará recebe candidatos de toda a América Latina. Regulamento e ficha de inscrição no site. O resultado sai até 15 de maio e o festival será de 24 de junho a 1º de julho.
O Festival Paulínia de Cinema mantém período de inscrições até 21 de maio, desde que o filme seja inédito no circuito comercial e não tenha sido premiado em festival. Ficha de inscrição e regulamento no site. O festival acontece entre 15 e 22 de julho, no interior paulista.
Já a segunda edição do Animage - Festival Internacional de Cinema de Animação de Pernambuco recebe inscrições até 2 de abril. O festival será entre 21 e 27 de maio. Informações: www.animagefestival.com.
O Cinema da Fundação exibe Direito de amar (A single man) em regime de pré-estreia, no sábado. Dirigido pelo estilista Tom Ford, o filme rendeu indicação ao Oscar de melhor ator para Colin Firth. Domingo, outra sessão especial: O processo de Joana d'Arc (Le procès de Jeanne d'Arc, França, 1962), de Robert Bresson.
No circuitão, uma boa novidade: entra em cartaz A caixa, refilmagem de episódio de Twilight Zone.
Eu indico
Achei massa o filme Distrito 9, porque tem uma abordagem diferente dos outros, sobre alienígenas que invadem a Terra. Eles não são mostrados como superiores, mas como vítimas, pois sua nave espacial quebrou sobre Johannesburgo, na África do Sul, e os humanos os colocaram num lugar que lembra um campo de concentração. O diretor conseguiu tratar da miséria humana de uma forma peculiar. E a mutação do humano em ET faz uma metáfora de que, não importa de onde se venha, se nos retiram a dignidade passamos para o estado da barbárie. Nunca tinha visto um filme de alienígenas assim.
Jr. Black, músico e ator
Os mais locados
Se beber, não case
Harry Potter e o enigma do príncipe
Apenas amigos
O contador de histórias
O advogado do diabo
18 anos e ainda virgem
666 - o filho do mal
Impacto final
9º Pelotão
2 dias em Paris
Fonte: www.saraiva.com.br
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