Do lado de fora, palhaços de perna-de-pau fazem malabarismos. Vendedores de pipoca e cachorro-quente a todo o vapor. Muita gente na fila. A descrição pode lembrar um dia de circo, mas trata-se da aguardada volta do Cine São Luiz. O cinema-monumento voltou a funcionar ontem, em regime de teste. Mais de 600 pessoas compareceram.
Durante o dia, carros de som divulgaram a reabertura pelo centro da cidade. Por volta das 15h, já havia aglomeração de pessoas para garantir uma vaga. A fila dobrava duas esquinas em direção a Av. Conde da Boa Vista. Na esquina oposta, dois geradores garantiram a eletricidade necessária para tudo funcionar. De acordo com Rodrigo Coutinho, assessor de comunicação da Fundarpe, o problema com a energia elétrica será resolvido no decorrer do dia de hoje.
“Ele é muito importante para a cidade, não dava pra ficar sem”, disse o cineasta Fernando Spencer, presente para a exibição de seu último curta, Nossos ursos camaradas, que antecedeu o longa Baile perfumado. “É uma grande honra. Em toda a minha carreira, inclusive como crítico de cinema por 40 anos no Diario de Pernambuco, nunca imaginei em ver um filme meu exibido na tela grande do São Luiz”.
Sob aplausos, Luciana Azevedo, presidente da Fundarpe, disse que a missão está cumprida. “O cinema está entregue à população, que faz essa imensa nação cultural chamada Pernambuco”.
Ao entrar no salão, exuberante, as pessoas observavam tudo, menos para a tela. Até que a luzes se apagaram e só havia um lugar para olhar. A sessão pode começar.
Antes dos filmes anunciados, houve a projeção de trailers dos próximos longas: Lula - o filho do Brasil e O homem que engarrafava nuvens. Ambos foram aplaudidos efusivamente.
O público achou graça da semelhança entre os slogan dos dois filmes: "Você sabe quem é esse homem, mas não conhece sua história" (Lula) e "Você sabe quem é esse homem?" (O homem...)
Até a próxima sexta-feira, o São Luiz oferece sessões gratuitas, sempre às 19h. Os filmes de hoje são Até o sol raiá, de Fernando Jorge e Leandro Amorim e Orange de Itamaracá, de Franklin Júnior.
(Diario de Pernambuco, 13/01/2010)
*com acréscimos
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Um comentário:
bem que eu queria ter podido ir, mas voce contou tudo em detalhes! parabens!
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