sexta-feira, 20 de agosto de 2010
O Avatar de Shyamalan
Pouco tempo atrás, Hollywood foi palco de uma guerra oculta pelos direitos de uso do título Avatar. O vencedor foi James Cameron, que registrou o nome primeiro e pode assim batizar a fábula ecotecnológica que movimentou bilhões. Por isso, a versão para o cinema do desenho animado homônimo chega às telas como O último Mestre do Ar (The last Airbender, EUA, 2010).
O filme de M. Night Shyamalan (Sexto sentido)apresenta o Avatar de acordo com conceitos da religião hindu: um ser supremo, que controla os quatro elementos da natureza e se materializa a cada cem anos para unificar os povos. No momento em que ele toma a forma do garoto Aang (Noah Ringer), há uma guerra provocada pelos mestres do fogo, que dizimaram os mestres do ar e agora atacam os mestres da água. O novo Avatar domina o ar, mas ainda precisa perder o medo da água para controlar todos os elementos. Por isso, o povo do fogo tenta capturá-lo. Aliado de última hora, o Príncipe Zuko (Dev Patel, de Quem quer ser um milionário?), filho do rei do fogo, é mão na roda.
Comparado aos efeitos visuais e o 3D de primeira linha do Avatar de Cameron, O último Mestre do Ar, convertido de última hora ao formato, se reduz a uma pálida tentativa embalada por coreografias de tai chi chuan. Ou escura demais, dependendo da sala em que se assistirá ao filme. Quanto ao discurso, ele se iguala na superficialidade infantil. Para essa fatia do público, há a boa mensagem de que uma guerra pode terminar não com a morte ou domínio do "inimigo", como o cinema norte-americano adora reafirmar, mas pela compreensão de que há uma força maior que precisa ser respeitada.
(Diario de Pernambuco, 20/08/2010)
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2 comentários:
Olá André
Sou Marcel Plasse, criador da Set e editor da Pipoca Moderna, gostaria de entrar em contato com você. Teria algum email que eu possa me comunicar em particular? O meu emal é editor@pipocamoderna.com.br
Agradeço a atenção. abs.
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