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Morte - Da obra de Jorge Amado, Quincas (Paulo José) é um zombeteiro beberrão que bate as botas após uma década entre vagabundos e prostitutas da zona portuária. A notícia dá trabalho à família classe média, que precisa restituir ao finado o aspecto de respeitável funcionário público. Por outro lado, os amigos de farra, liderados por Cabo Martin (Irandhir Santos), o levam para a última noitada. Em vão, a filha (Mariana Ximenes) corre com a polícia atrás da trupe, até perceber o pai vive através dela. Uma celebração à vida.
Quincas Berro D'Água (Brasil, 2010). De Sérgio Machado. 104 minutos. Disney.
Guerra - Matt Bourne Damon volta a atacar, desta vez como Roy Miller, subtentente do exército norte-americano com a missão de encontrar armas de destruição em massa no Iraque. Um encontro com agente da CIA, no antigo palácio do governo Saddam Hussein, o leva à suspeita de que as armas não existem e que toda a operação no Oriente Médio obedece a interesses econômicos. Com ares de thriller no deserto, o filme toca em pontos nevrálgicos como o papel da imprensa, capaz de reproduzir "verdades" que justificam uma guerra.
Zona Verde (Green zone, EUA, 2010). De Paul Greengrass. 115 minutos. Paramount.
Sangue - Fantasia e realidade se misturam numa sociedade dominada por vampiros em que humanos são caçados e explorados como meros produtores de sangue. Dez anos depois, com os humanos em extinção, o hematologista Edward Dalton (Ethan Hawke) procura um substituto sintético para o sangue, quando encontra um foco de resistência humana liderada por ex-vampiro Elvis (Willem Dafoe), que prega a reconversão. Eles tentam a solução consciente, mas sufocada pela sanha vampiresca, velha conhecida no moderno capitalismo.
2019 - o ano da extinção (Daybreakers, EUA, 2009). De Michael e Peter Spierig. 98 minutos. Imagem.
Roubo - Um carregamento de US$ 42 milhões faz funcionários de uma empresa de segurança abandonar a honestidade. Falta cooptar o novato Ty Hackett (Columbus Short), ex-combatente no Iraque, que agora precisa pagar as contas e cuidar do irmão mais novo. Seu dilema moral compromete o plano, que fica cada vez mais complicado. Perseguições, sangue e tiros não faltam. Elenco com Matt Dillon, Jean Reno e Larry "Morpheus" Fishburne segura a trama até o fim.
Assalto ao carro blindado (Armored, EUA, 2009). De Nimród Antal. 88 minutos. Sony.
Bastidores
Ainda não é oficial, mas a notícia já circula por aí: Sérgio Dantas será o novo gerente de audiovisual da prefeitura do Recife. Ele substitui o jornalista Ernesto Barros, que ocupou o cargo por dois anos e meio. Além de programar os filmes dos cinemas Apolo e Parque, as duas salas municipais, Dantas coordenará eventos como o Panorama Recife de Documentários. Parcerias com escolas estão na pauta.
Marcada para os dias 20 a 23 de setembro, a mostra Play The Movie do Coquetel Molotov trará uma coleção de documentários brasileiros inéditos no Recife. Jarmeson de Lima adianta dois deles para esta coluna: Bitols (RS), de André Arieta, que a partir de uma banda fictícia, mergulha no rock gaúcho dos anos 1990; e Dub Echoes (RJ), que entrevista ícones do dub mundial como Lee Perry e artistas brasileiros. Assim como no ano passado, a mostra deve acontecer no Cinema Apolo.
TV pública em pauta no Festival de Triunfo. Sábado, das 8h às 10h, Roger de Renor (TV Pernambuco), Indira Amaral (TV Aperipê - SE) e Nilton Pereira (TV Viva) participam de debate; das 10h às 12h, Afonso Gallindo (ABD-Nacional), Rosemberg Cariry (Presidente CBC), James Gorgen (SAV/MinC), Edgar Andrade (coordenador do Núcleo Pernambuco Criativo) e Isabela Cribari (diretora de Cultura da Fundaj) discutem estratégias para o desenvolvimento do audiovisual no Nordeste.
Eu indico
Foto: Vito Jamelli
Eu indico Mother - a busca pela verdade (Madeo, Coréia do Sul, 2009) supera o fácil encantamento do olhar e se afirma pela temática e impacto emocional. É improvável que alguém não se compadeça com aquela mãe universal em busca de provas que inocentem seu filho, que permanece no mundo da inocência. No jeito de filmar, agrada-me bastante como a câmera, que não se afoba, acompanha os atores nas cenas, o que faz com que instantes confusos pareçam meditação. Passa a impressão de que cinema é alguma coisa ao alcance da mão, mediante o uso da inteligência e do foco no imediato/próximo/particular da vida.
Luiz Santos é retratista contemporâneo e educador.
(Diario de Pernambuco, 05/08/2010)
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