sábado, 30 de junho de 2007

Tela Grande (estréia): "13 homens e um novo segredo"



Já nos estilosos créditos iniciais, "13 homens e um novo segredo" (Ocean's Thirteen) não esconde a que veio: angariar muito dinheiro, como um dos tantos caça-níqueis instalados num cassino de luxo, cenário principal do filme. A receita é tão infalível que, no momento em que escrevo este texto (27 de junho, 14h48), ele figura em segundo lugar na lista dos mais vistos no Brasil (só perde para Shrek Terceiro).

Ao contrário do que ostenta o infeliz título traduzido para o mercado nacional, não tem segredo, nem mistério. É só juntar atores estelares, cenários suntuosos, figurino de capa de revista, e música supercool. A superprodução, dirigida por Steven Sodebergh, é um filme com muita chinfra. Como uma boa casa de jogos de Las Vegas deve oferecer, é claro.

A estética retrô anos 60 paga tributo ao filme que deu origem à série. O primeiro "Ocean Eleven" foi feito em 1960, com Frank Sinatra no papel de Danny Ocean, o líder dos golpistas. Sinatra que, aliás, está presente não só numa seqüência musical, mas também como personagem desta nova empreitada.

Para colocar a coisa de forma econômica (até para não revelar muito a história), a trama gira em torno de um cassino cinco estrelas e um suposto código de honra, que proibiria a trapaça entre aqueles que um dia apertaram a mão do velho cantor de olhos azuis. O bom humor e as cenas grandiosas entretém até o final, mas o efeito não dura mais do que cinco minutos após a projeção.

Hoje vivido por George Clooney, o malandro-golpista-bem-vestido Danny Ocean parece estar enfadado, burocrático. Assim como seus 12 companheiros (o novo integrante é um antigo inimigo cooptado), e o antagonista interpretado com exageros por Al Pacino. Talvez seja hora da franquia parar, pois insistir no mesmo golpe pode pegar mal com o espectador.

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