Bons curtas se destacam neste sábado e domingo de Janela Internacional. Oma, do uruguaio Michael Wahrmann, é um deles. Avós, seu curta anterior exibido na Janela do ano passado, estuda relações familiares - geracionais e chama atenção para o estudo de linguagem e diferentes suportes: HD, Super 8, 35mm. Agora, Wahrmann se volta à própria história com avó alemã, exposta em imagens íntimas e precárias, captadas em visitas esporádicas. Cabe discutir a proposta, inclusive, ética, do realizador. Hoje, às 21h, no São Luiz.
No mesmo programa, mais dois bons títulos inéditos: o pernambucano Zenaide, de Mariana Porto, livre leitura para poema homônimo de Cida Pedrosa, em que a diretora constroi uma mulher fictícia a partir de depoimentos documentais; E Na sua companhia, é o retorno do paulista Marcelo Caetano ao mundo gay. Se em Bailão, um dos curtas mais premiados de 2010, ele adentra a noite das boates frequentadas pelos mais maduros, agora aborda os jovens de periferia, a partir dos olhos de um professor da rede pública.
Ainda no sábado, às 16h, o Cinema da Fundação traz a estreia de [projetotorresgêmeas], manifesto coletivo que externa a insatisfação de dezenas de realizadores com o que tem se tornado a urbanidade do Recife; às 19h30, o plasticamente belo Movimento de um tempo impossível, do coletivo italiano Flatform simula em um único plano-sequência as quatro estações. O mesmo curta será reprisado no domingo, às 20h15, no São Luiz. Ainda no domingo haverá a estreia do pernambucano Dia Estrelado, de Nara Normande e do longa O garoto da bicicleta, dos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, premiados no último Festival de Cannes.
(Diario de Pernambuco, 05/11/2011)
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