quinta-feira, 31 de maio de 2007
Edição recifense do Festival É tudo Verdade - programação completa
Documentário em Pauta 2007
É Tudo Verdadena Fundação Joaquim Nabuco (Derby)
04/06 segunda-feira
19h - Abertura: O Longo Amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado / José Mariani / 73min – vídeo com a presença do Diretor
Sessão seguida de Debate
Mesa: José Mariani, Marcos Costa Lima e Ricardo Santiago
05/06 terça-feira
17h - Lançamento dos livros: Introdução ao Documentário Brasileiro, O Cinema do Real e É Tudo Verdade Reflexões sobre a Cultura do Documentário de Amir Labaki
19h - Capistrano no Quilo / Firmino Holanda / 21min - vídeo
Elevado 3.5 / João Sodré, Maíra Bühler e Paulo Pastorelo / 75min - vídeo
Sessão seguida de bate-papo com Amir Labaki sobre documentário brasileiro.
06/06 quarta-feira
19h - Aruanda / Linduarte Noronha / 21 min - 35mm
O Cajueiro Nordestino / Linduarte Noronha / 22min – 35mm com a presença do diretor
07/06 quinta-feira
19h - Tintin e Eu / Anders Høgsbro Østergaard / 74min
08/06 sexta-feira
19h - Três Camaradas / Masja Novikova / 99min - vídeo
09/06 sábado
19hs O Escritório / Krzysztof Kieslowski / 5min - vídeo
Curriculum Vitae / Krzysztof Kieslowski / 29min - vídeo
Meu Kieslowski / Irina Volkova / 21min
10/06 domingo
19h - Manhã no Mar / Ines Thomsen / 83min - vídeo
IV PANORAMA RECIFE DE DOCUMENTÁRIOS - programação completa
IV PANORAMA RECIFE DE DOCUMENTÁRIOS 2007
Mostra não competitiva
de 02 a 06 de junho
SÁBADO, 02 DE JUNHO
CINEMA DO PARQUE
Rua do Hospício, 81, Boa Vista, telefone 3232-1556
Ingresso R$ 1,00
18 horas - Longa-metragem Nacional
VAIDADE (RJ, 2002, 12 minutos), de Fabiano Maciel. Mulheres arriscam as suas vidas em canoas precárias da região amazônica e áreas de garimpo para vender produtos de beleza e cosméticos. Primeiro curta-metragem do diretor gaúcho.
OSCAR NIEMEYER - A VIDA É UM SOPRO (RJ, 2007, 88 minutos), de Fabiano Maciel. Aos 99 anos, o arquiteto fala sobre o Partido Comunista, Le Corbusier, o exílio, a construção de Brasília. Conta com depoimentos de Niemeyer, Chico Buarque, Ferreira Gullar e José Saramago. Após a sessão haverá um debate com a presença do diretor do filme.
LIVRARIA CULTURA
Rua Madre Deus, s/nº, Paço Alfândega, Bairro do Recife, telefone 2102 4033
Entrada franca
19h30 - Lançamento do livro Democracia Audiovisual
Palestra de André Martinez, autor do livro homônimo que estará sendo lançado. Diretor Executivo da Brant Associados e do Instituto Diversidade Cultural é professor titular da Universidade Anhembi Morumbi. No livro faz uma proposta de articulação regional e sustentabilidade para a atividade audiovisual.
20h30 - Longa-metragem Internacional
DO LADO DE MATHILDE (FRA, 2004, 83 minutos), De Claire Denis. Conceituada cineasta (ex-assistente de Wim Wenders e Jim Jarmusch), retrata as idéias, as peculiaridades e exercícios laboratoriais da obra coreográfica de Mathilde Monnier. Lançada na Mostra Audiovisual de Dança, no Cinema Apolo.
DOMINGO, 03 DE JUNHO
CINEMA APOLO
Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, telefone 3232 2028
Entrada franca
15 horas - Homenagem à TV Viva
Homenagem à produtora de vídeos sediada em Olinda (PE), seguida da exibição do documentário Desde Cuba Hasta Pernambuco, realizado em 2005 em parceria com a Casa Del Caribe. Com direção e roteiro de Nilton Pereira, faz um parâmetro das singularidades culturais entre os afrodescendentes da ilha caribenha e o do estado nordestino.
16 horas - Média-metragem
GRASSROOTS (BRA/CAM, 2006, 55 minutos), de André Ferezini. Um retrato íntimo dos jovens que vivem em Phnom Penh, capital do Camboja. A história recente do país é remontada através de opiniões sobre a atuação do Khmer Vermelho e a guerra civil que destruiu o país nos anos 70. Lançamento mundial no IV Panorama Recife de Documentários 2007.
17 horas - Longa-metragem internacional
POR QUE LUTAMOS (Why We Fight, EUA, 2005, 98 minutos), de Eugene Jarecki. Analisa de forma jornalística como os Estados Unidos construíram o maior império bélico do mundo. O filme refaz toda a história da Guerra Fria e suas conseqüências para o mundo. Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Sundance 2005.
SEGUNDA-FEIRA, 04 DE JUNHO
CINEMA APOLO
Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, telefone 3232 2028
Entrada franca
15 horas - Foco: Brasília
DAS RUAS PARA A UNB (DF, 2006, 08 minutos), de Diana Paixão. Produzido pelo Núcleo de Documentários da Radiobrás fala sobre Sérgio Reis, um ex-morador de rua que conseguiu passar no vestibular de psicologia na Universidade de Brasília (UnB). A sessão será apresentada por Elsa Chabrol.
FELIZ NATAL (DF, 2006, 16 minutos), de Guilherme Bacalhao. O esforço de uma família para conseguir mantimentos durante o período do Natal. Nesta época, as avenidas da Capital Federal ficam cheias de famílias que acampam, vindas das cidades satélites.
A BOLANDEIRA (PB, 1968, 10 minutos), de Vladimir Carvalho. A decadência dos engenhos de açúcar do interior da Paraíba, dotados de construções de madeira com tração animal. Clássico do documentário nacional inspirou Walter Salles em seu longa-metragem
Abril Despedaçado.
16 horas - Vídeos Locais, Nacionais e Internacionais
1964 ENCONTRO COM A MEMÓRIA (PE, 2004, 19 minutos), de Marcelo Santos, Michel Bamps e Raphaella Vieira. Trinta anos depois do início da ditadura militar no Brasil, vítima e torturador se reencontram. Terceiro lugar no VIII Festival de Vídeo de Pernambuco 2006.
VAI INDO QUE EU JÁ VOU (SP, 2006, 15 minutos), de Marcelo Perez e Rubem Barros. Trata do imaginário da morte de forma divertida, entrevistando um padre irlandês, um cineasta, em escritor, uma florista, um dono de cemitério, um mexicano e um mecânico pernambucano.
OS TAMBORES DO PASSADO (Tourou et Biti, FRA/NIG, 1971, 12 minutos), de Jean Rouch. Filmado em um único plano, registra um ritual de possessão pela proteção da colheita de uma vila no Níger, país onde o etnógrafo francês acabou falecendo de acidente de carro, em 2004.
17 horas - Médias-metragens
DEPOIS DA FESTA (SP, 2006, 52 minutos), de Karina Fogaça. A região de Ilha Bela no litoral paulista é a Meca das mansões de veraneio de pessoas ricas. Na região, eles convivem com os caiçaras, nativos que vivem da pesca e do comércio informal.
18 horas - Curtas-metragens
HIBAKUSHA: OS HERDEIROS ATÔMICOS NO BRASIL (SP, 2006, 16 minutos), de Maurício Kinoshita. Série de depoimentos sobre habitantes da cidade de São Paulo que chegaram ao Brasil após a explosão nuclear em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.
ALMERY, A ESTRELA (PE, 2007, 08 minutos), de Fernando Spencer. Biografia da atriz Almery Esteves, estrela do Ciclo de Cinema do Recife, que durou de 1923 a 1931 e foi o período mais profícuo para a cinematografia de longas-metragens em Pernambuco. Após a sessão, uma conversa com o realizador e ex-crítico de cinema do Diário de Pernambuco.
19 horas - Longa-metragem Nacional
NAS TERRAS DO BEM-VIRÁ (SP, 2007, 110 minutos), de Alexandre Rampazzo. O conflito agrário no Brasil abordado com imagens inéditas da chacina de Eldorado dos Carajás e do assassinato da missionária americana Dorothy Stang. Filmado em 05 estados e 29 cidades da região norte-nordeste.
20h50 - Longa-metragem Internacional
O SEGREDO (The Secret, EUA, 2006, 89 minutos), de Drew Heriot. Um grupo de especialistas analisam um segredo existente há séculos na humanidade e a possibilidade da realização pessoal em caso de entendimento e boa aplicação dos princípios nele contido.
CINEMA DO PARQUE
Rua do Hospício, 81, Boa Vista, telefone 3232 1556
Ingresso R$ 1,00
16h30, 18h15 e 20 horas - Longa-metragem Nacional
O CÔCO, A RODA, O PNEU E O FAROL (PE, 2007, 80 minutos), de Mariana Fortes. Mostra a música como elemento de miscigenação e de resistência, particularmente nas atividades dos mestres de cultura popular do Coco do Amaro Branco, em Olinda. Filme de estréia da diretora. Ao final da última sessão haverá uma apresentação musical, com a presença de elenco e diretora.
TERÇA-FEIRA, 05 DE JUNHO
CINEMA APOLO
Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, telefone 3232 2028
Entrada franca
15 horas - Sessão Especial Festival de Vídeo de Pernambuco
QUANDO A MARÉ ENCHER (PE, 2006, 30 minutos), de Oscar Malta. Registro do cotidiano dos pescadores urbanos da Ilha de Deus no Recife e o modo de vida criativo de cada um. Primeiro lugar do VIII Festival de Vídeo de Pernambuco 2006.
15 CENTAVOS (PE, 2006, 12 minutos), de Marcelo Pedroso. Protesto de estudantes no centro do Recife contra o aumento de passagens de ônibus abordado de maneira pouco usual por uma câmera quase imperceptível. Segundo lugar no Festival de Vídeo de Pernambuco.
16 horas - Vídeos Locais, Nacionais e Internacionais
ÁRVORE SAGRADA (PE, 2006, 25 minutos), de Cléa Lúcia. A ocupação inadequada da caatinga sem se considerar sua rica biodiversidade. Integrante desta riqueza, o Umbuzeiro assume na região a imagem de árvore mítica e sagrada, por estar ligada à sobrevivência das comunidades.
EM TRÂNSITO (MT, 2007, 25 minutos), de Elton Rivas. Mostra a luta pela terra do povo indígena Irantxe/Manoki, habitantes do noroeste do Estado de Mato Grosso. O diretor é professor da Universidade Federal de Mato Grosso.
TEMO QUE SIM (Afraid So, EUA, 2006, 03 minutos), de Jay Rosenblatt. Baseado em um poema em que cada verso propõe a resposta implícita “temo que sim”, a destruição iminente permeia o filme. Obra-prima do excelente documentarista e professor norte-americano.
17 horas - Médias-metragens
UMA CRUZ, UMA HISTÓRIA E UMA ESTRADA (PE, 2007, 52 minutos), de Wilson Freire. Vencedor da terceira edição do Programa DOC TV, em Pernambuco, parte das cruzes de beira de estradas para fazer uma busca de histórias e resgate de memórias do imaginário coletivo. A sessão será apresentada pelo realizador e sua equipe de produção.
18 horas - Curtas-metragens
OFICINA PERDIZ (DF, 2006, 20 minutos), de Marcelo Díaz. José Perdiz, dono de oficina mecânica em Brasília resolve abrir as portas para o teatro alternativo no Distrito Federal e enfrenta a perseguição de autoridades. Melhor curta no Festival de Brasília do ano passado.
SCHENBERGUIANAS (PE, 2006, 20 minutos), de Sérgio Oliveira e William Cubits. Cinema, música e outros temas inspirados na obra do físico nuclear e crítico de arte pernambucano Mário Schenberg (1914-1990). Vencedor do Concurso de Roteiros Firmo Neto 2002.
19 horas - Longa-metragem Nacional
NENHUM MOTIVO EXPLICA A GUERRA (RJ, 2006, 84 minutos), de Cacá Diegues e Rafael Dragaud. O grupo cultural AfroReggae mostra em sua trajetória que é possível reverter o estigma da violência das favelas. Após 15 longas, este é o primeiro documentário da carreira de Cacá Diegues.
20h50 - Longa Internacional
POR APENAS UM DOS MEUS DOIS OLHOS (Pour Um Seul des Mes Deux Yeux, ISR/FRA, 2005, 100 minutos), de Avi Mograbi. Construção de faraônico muro em volta de Israel permite ao diretor abordar o assunto como integrante do filme. Este isolamento recria o mito de Sansão e Massada. O filme entra em cartaz após a mostra no Cinema Apolo.
LIVRARIA CULTURA
Rua Madre Deus, s/nº, Paço Alfândega, Bairro do Recife, telefone 2102 4033
Entrada franca
17 horas - Fomento, distribuição e exibição de documentários
Palestra de Elsa Chabrol, diretora do Núcleo de Documentários da Radiobrás, em Brasília (DF). Na ocasião, ela vai falar sobre o projeto da estatal brasileira em promover discussões acerca do papel do documentário e sua importância para o setor audiovisual. Debatedora: Tarciana Portella, Delegada Regional do Ministério da Cultura, que fará uma apresentação sobre os editais e projetos do Governo Federal para a área.
CINEMA DO PARQUE
Rua do Hospício, 81, Boa Vista, telefone 3232 1556
Ingresso R$ 1,00
16h30, 18h15 e 20 horas - Longa-metragem Nacional
UM CRAQUE CHAMADO DIVINO (SC, 2006, 81 minutos), de Penna Filho. A trajetória do jogador de futebol Ademir da Guia, membro da famosa Academia, time do Palmeiras que fez historia na década de 70. Conta com depoimentos de Juca Kfouri, Gérson, Sócrates, Leivinha, Fiori Gigliotti, entre outros.
QUARTA-FEIRA, 06 DE JUNHO
CINEMA APOLO
Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, telefone 3232 2028
Entrada franca
15 horas - Sessão Especial DOC TV
CALABAR (AL, 2006, 52 minutos), de Hermano Figueiredo. Considerado ao mesmo tempo herói e traidor, Domingos Fernandes Calabar tem incerto até o ano de seu nascimento, 1600. Senhor de engenho de Pernambuco, morou em Porto Calvo (AL) e teve papel decisivo na Invasão Holandesa de 1930-1954. A sessão será apresentada pelo diretor. Venceu o DOC TV AL/2006.
16 horas - Vídeos Locais, Nacionais e Internacionais
NEURONHA (PE, 2006, 14 minutos), de Daniel Barros. Neuronha é a neurose que se manifesta
em moradores do arquipélago de Fernando de Noronha. Prêmio do público no VIII Festival
de Vídeo de Pernambuco 2006. Segundo curta em vídeo do diretor.
HQ: A 9ª ARTE (SP, 2006, 28 minutos), de Daniela Santana e Priscila Sodré. A história em quadrinhos como expressão artística. Por meio de entrevistas de profissionais do setor são abordados o enredo, a lógica do trabalho, a construção dos personagens, a vida do quadrinista.
CIDADE ADORMECIDA (Ciudad Dormida, ESP, 2006, 09 minutos), de Enrique Rodriguez e Moncho Fernández. Sem diálogos, o filme nos dá uma visão diferenciada, geométrica, de uma cidade vazia, onde só as máquinas funcionam, causando uma sensação de desconforto e dúvidas.
17 horas - Médias-metragens
LUTZENBERGER: FOR EVER GAIA (RS, 2006, 52 minutos), de Otto Guerra e Frank Coe. Perfil do cientista e ambientalista José Lutzenberger (1926-2002), cujo trabalho está todo voltado para o desenvolvimento sustentável, a partir da agricultura ecológica. Vencedor do DOC TV/RS.
18 horas - Curtas-metragens
VIVA VOLTA (PR, 2005, 15 minutos), de Heloísa Passos. O trombonista Raul de Souza é retratado em sua volta a Bangu, subúrbio do Rio e no seu encontro com Maria Bethânia e Jaime Além. A realizadora paranaense é uma diretora de fotografia experiente, formada em sociologia.
IGBADU, CABAÇA DA CRIAÇÃO (PE, 2007, 15 minutos), de Carla Lyra. Mantendo a tradição, o Panorama Doc lança o mais novo documentário em película de Pernambuco sobre a figura da cabaça nos rituais afro. Venceu o Concurso de Roteiros Firmo Neto 2004. Lançamento nacional, com sessão será apresentada pela realizadora e a equipe.
19 horas - Longa-metragem Nacional
SANTIAGO (RJ, 2007, 79 minutos), de João Moreira Salles. Através da história do mordomo da casa onde morou o diretor retoma a montagem de um documentário iniciado em 1992. A memória do entrevistado e sua vasta cultura se sobressaem neste processo de construção cinematográfica. Após a sessão haverá um debate com o diretor.
20h50 - Longa-metragem Internacional
ROLLING LIKE A STONE (SUE, 2005, 65 minutos), de Stefan Berg e Magnus Gertten. Filme amador registra o encontro do grupo Rolling Stones (ainda com Brian Jones) em 1965 com músicos suecos, em Malmö. Quarenta anos depois, os diretores localizaram alguns dos músicos suecos que aparecem no filme.
LIVRARIA CULTURA
Rua Madre Deus, s/nº, Paço Alfândega, Bairro do Recife, telefone 2102 4033
Entrada franca
18 horas - Mesa de Debates: A Realização de Documentários em Pernambuco
Depoimentos de realizadores locais com filmes exibidos no IV Panorama Recife de Documentários. São eles o jornalista, documentarista e crítico de cinema durante 40 anos no Diário de Pernambuco, Fernando Spencer; Nilton Pereira e Eduardo Homem, da TV Viva e Mariana Fortes, diretora do longa-metragem O Côco, a Roda, o Pneu e o Farol. Mediação do roteirista e poeta Wilson Freire, diretor do média-metragem Uma Cruz, Uma História e Uma Estrada, vencedor do DOC TV PE 2006.
CINEMA DO PARQUE
Rua do Hospício, 81, Boa Vista, telefone 3232 1556
Ingresso R$ 1,00
16h30 e 19 horas - Longa-metragem Nacional
ESTAMIRA (RJ, 2006, 115 minutos), de Marcos Prado. Mulher de 63 anos sofre de distúrbios mentais analisa aspectos da vida. Ela trabalha há 20 anos no Aterro Sanitário do Jardim Gramacho. O longa-metragem já venceu 22 prêmios internacionais e é o filme de estréia do diretor.
Após o evento, os filmes Estamira e Um Craque Chamado Divino entram em cartaz, em curta temporada, no Cinema do Parque.
Mostra não competitiva
de 02 a 06 de junho
SÁBADO, 02 DE JUNHO
CINEMA DO PARQUE
Rua do Hospício, 81, Boa Vista, telefone 3232-1556
Ingresso R$ 1,00
18 horas - Longa-metragem Nacional
VAIDADE (RJ, 2002, 12 minutos), de Fabiano Maciel. Mulheres arriscam as suas vidas em canoas precárias da região amazônica e áreas de garimpo para vender produtos de beleza e cosméticos. Primeiro curta-metragem do diretor gaúcho.
OSCAR NIEMEYER - A VIDA É UM SOPRO (RJ, 2007, 88 minutos), de Fabiano Maciel. Aos 99 anos, o arquiteto fala sobre o Partido Comunista, Le Corbusier, o exílio, a construção de Brasília. Conta com depoimentos de Niemeyer, Chico Buarque, Ferreira Gullar e José Saramago. Após a sessão haverá um debate com a presença do diretor do filme.
LIVRARIA CULTURA
Rua Madre Deus, s/nº, Paço Alfândega, Bairro do Recife, telefone 2102 4033
Entrada franca
19h30 - Lançamento do livro Democracia Audiovisual
Palestra de André Martinez, autor do livro homônimo que estará sendo lançado. Diretor Executivo da Brant Associados e do Instituto Diversidade Cultural é professor titular da Universidade Anhembi Morumbi. No livro faz uma proposta de articulação regional e sustentabilidade para a atividade audiovisual.
20h30 - Longa-metragem Internacional
DO LADO DE MATHILDE (FRA, 2004, 83 minutos), De Claire Denis. Conceituada cineasta (ex-assistente de Wim Wenders e Jim Jarmusch), retrata as idéias, as peculiaridades e exercícios laboratoriais da obra coreográfica de Mathilde Monnier. Lançada na Mostra Audiovisual de Dança, no Cinema Apolo.
DOMINGO, 03 DE JUNHO
CINEMA APOLO
Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, telefone 3232 2028
Entrada franca
15 horas - Homenagem à TV Viva
Homenagem à produtora de vídeos sediada em Olinda (PE), seguida da exibição do documentário Desde Cuba Hasta Pernambuco, realizado em 2005 em parceria com a Casa Del Caribe. Com direção e roteiro de Nilton Pereira, faz um parâmetro das singularidades culturais entre os afrodescendentes da ilha caribenha e o do estado nordestino.
16 horas - Média-metragem
GRASSROOTS (BRA/CAM, 2006, 55 minutos), de André Ferezini. Um retrato íntimo dos jovens que vivem em Phnom Penh, capital do Camboja. A história recente do país é remontada através de opiniões sobre a atuação do Khmer Vermelho e a guerra civil que destruiu o país nos anos 70. Lançamento mundial no IV Panorama Recife de Documentários 2007.
17 horas - Longa-metragem internacional
POR QUE LUTAMOS (Why We Fight, EUA, 2005, 98 minutos), de Eugene Jarecki. Analisa de forma jornalística como os Estados Unidos construíram o maior império bélico do mundo. O filme refaz toda a história da Guerra Fria e suas conseqüências para o mundo. Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Sundance 2005.
SEGUNDA-FEIRA, 04 DE JUNHO
CINEMA APOLO
Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, telefone 3232 2028
Entrada franca
15 horas - Foco: Brasília
DAS RUAS PARA A UNB (DF, 2006, 08 minutos), de Diana Paixão. Produzido pelo Núcleo de Documentários da Radiobrás fala sobre Sérgio Reis, um ex-morador de rua que conseguiu passar no vestibular de psicologia na Universidade de Brasília (UnB). A sessão será apresentada por Elsa Chabrol.
FELIZ NATAL (DF, 2006, 16 minutos), de Guilherme Bacalhao. O esforço de uma família para conseguir mantimentos durante o período do Natal. Nesta época, as avenidas da Capital Federal ficam cheias de famílias que acampam, vindas das cidades satélites.
A BOLANDEIRA (PB, 1968, 10 minutos), de Vladimir Carvalho. A decadência dos engenhos de açúcar do interior da Paraíba, dotados de construções de madeira com tração animal. Clássico do documentário nacional inspirou Walter Salles em seu longa-metragem
Abril Despedaçado.
16 horas - Vídeos Locais, Nacionais e Internacionais
1964 ENCONTRO COM A MEMÓRIA (PE, 2004, 19 minutos), de Marcelo Santos, Michel Bamps e Raphaella Vieira. Trinta anos depois do início da ditadura militar no Brasil, vítima e torturador se reencontram. Terceiro lugar no VIII Festival de Vídeo de Pernambuco 2006.
VAI INDO QUE EU JÁ VOU (SP, 2006, 15 minutos), de Marcelo Perez e Rubem Barros. Trata do imaginário da morte de forma divertida, entrevistando um padre irlandês, um cineasta, em escritor, uma florista, um dono de cemitério, um mexicano e um mecânico pernambucano.
OS TAMBORES DO PASSADO (Tourou et Biti, FRA/NIG, 1971, 12 minutos), de Jean Rouch. Filmado em um único plano, registra um ritual de possessão pela proteção da colheita de uma vila no Níger, país onde o etnógrafo francês acabou falecendo de acidente de carro, em 2004.
17 horas - Médias-metragens
DEPOIS DA FESTA (SP, 2006, 52 minutos), de Karina Fogaça. A região de Ilha Bela no litoral paulista é a Meca das mansões de veraneio de pessoas ricas. Na região, eles convivem com os caiçaras, nativos que vivem da pesca e do comércio informal.
18 horas - Curtas-metragens
HIBAKUSHA: OS HERDEIROS ATÔMICOS NO BRASIL (SP, 2006, 16 minutos), de Maurício Kinoshita. Série de depoimentos sobre habitantes da cidade de São Paulo que chegaram ao Brasil após a explosão nuclear em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.
ALMERY, A ESTRELA (PE, 2007, 08 minutos), de Fernando Spencer. Biografia da atriz Almery Esteves, estrela do Ciclo de Cinema do Recife, que durou de 1923 a 1931 e foi o período mais profícuo para a cinematografia de longas-metragens em Pernambuco. Após a sessão, uma conversa com o realizador e ex-crítico de cinema do Diário de Pernambuco.
19 horas - Longa-metragem Nacional
NAS TERRAS DO BEM-VIRÁ (SP, 2007, 110 minutos), de Alexandre Rampazzo. O conflito agrário no Brasil abordado com imagens inéditas da chacina de Eldorado dos Carajás e do assassinato da missionária americana Dorothy Stang. Filmado em 05 estados e 29 cidades da região norte-nordeste.
20h50 - Longa-metragem Internacional
O SEGREDO (The Secret, EUA, 2006, 89 minutos), de Drew Heriot. Um grupo de especialistas analisam um segredo existente há séculos na humanidade e a possibilidade da realização pessoal em caso de entendimento e boa aplicação dos princípios nele contido.
CINEMA DO PARQUE
Rua do Hospício, 81, Boa Vista, telefone 3232 1556
Ingresso R$ 1,00
16h30, 18h15 e 20 horas - Longa-metragem Nacional
O CÔCO, A RODA, O PNEU E O FAROL (PE, 2007, 80 minutos), de Mariana Fortes. Mostra a música como elemento de miscigenação e de resistência, particularmente nas atividades dos mestres de cultura popular do Coco do Amaro Branco, em Olinda. Filme de estréia da diretora. Ao final da última sessão haverá uma apresentação musical, com a presença de elenco e diretora.
TERÇA-FEIRA, 05 DE JUNHO
CINEMA APOLO
Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, telefone 3232 2028
Entrada franca
15 horas - Sessão Especial Festival de Vídeo de Pernambuco
QUANDO A MARÉ ENCHER (PE, 2006, 30 minutos), de Oscar Malta. Registro do cotidiano dos pescadores urbanos da Ilha de Deus no Recife e o modo de vida criativo de cada um. Primeiro lugar do VIII Festival de Vídeo de Pernambuco 2006.
15 CENTAVOS (PE, 2006, 12 minutos), de Marcelo Pedroso. Protesto de estudantes no centro do Recife contra o aumento de passagens de ônibus abordado de maneira pouco usual por uma câmera quase imperceptível. Segundo lugar no Festival de Vídeo de Pernambuco.
16 horas - Vídeos Locais, Nacionais e Internacionais
ÁRVORE SAGRADA (PE, 2006, 25 minutos), de Cléa Lúcia. A ocupação inadequada da caatinga sem se considerar sua rica biodiversidade. Integrante desta riqueza, o Umbuzeiro assume na região a imagem de árvore mítica e sagrada, por estar ligada à sobrevivência das comunidades.
EM TRÂNSITO (MT, 2007, 25 minutos), de Elton Rivas. Mostra a luta pela terra do povo indígena Irantxe/Manoki, habitantes do noroeste do Estado de Mato Grosso. O diretor é professor da Universidade Federal de Mato Grosso.
TEMO QUE SIM (Afraid So, EUA, 2006, 03 minutos), de Jay Rosenblatt. Baseado em um poema em que cada verso propõe a resposta implícita “temo que sim”, a destruição iminente permeia o filme. Obra-prima do excelente documentarista e professor norte-americano.
17 horas - Médias-metragens
UMA CRUZ, UMA HISTÓRIA E UMA ESTRADA (PE, 2007, 52 minutos), de Wilson Freire. Vencedor da terceira edição do Programa DOC TV, em Pernambuco, parte das cruzes de beira de estradas para fazer uma busca de histórias e resgate de memórias do imaginário coletivo. A sessão será apresentada pelo realizador e sua equipe de produção.
18 horas - Curtas-metragens
OFICINA PERDIZ (DF, 2006, 20 minutos), de Marcelo Díaz. José Perdiz, dono de oficina mecânica em Brasília resolve abrir as portas para o teatro alternativo no Distrito Federal e enfrenta a perseguição de autoridades. Melhor curta no Festival de Brasília do ano passado.
SCHENBERGUIANAS (PE, 2006, 20 minutos), de Sérgio Oliveira e William Cubits. Cinema, música e outros temas inspirados na obra do físico nuclear e crítico de arte pernambucano Mário Schenberg (1914-1990). Vencedor do Concurso de Roteiros Firmo Neto 2002.
19 horas - Longa-metragem Nacional
NENHUM MOTIVO EXPLICA A GUERRA (RJ, 2006, 84 minutos), de Cacá Diegues e Rafael Dragaud. O grupo cultural AfroReggae mostra em sua trajetória que é possível reverter o estigma da violência das favelas. Após 15 longas, este é o primeiro documentário da carreira de Cacá Diegues.
20h50 - Longa Internacional
POR APENAS UM DOS MEUS DOIS OLHOS (Pour Um Seul des Mes Deux Yeux, ISR/FRA, 2005, 100 minutos), de Avi Mograbi. Construção de faraônico muro em volta de Israel permite ao diretor abordar o assunto como integrante do filme. Este isolamento recria o mito de Sansão e Massada. O filme entra em cartaz após a mostra no Cinema Apolo.
LIVRARIA CULTURA
Rua Madre Deus, s/nº, Paço Alfândega, Bairro do Recife, telefone 2102 4033
Entrada franca
17 horas - Fomento, distribuição e exibição de documentários
Palestra de Elsa Chabrol, diretora do Núcleo de Documentários da Radiobrás, em Brasília (DF). Na ocasião, ela vai falar sobre o projeto da estatal brasileira em promover discussões acerca do papel do documentário e sua importância para o setor audiovisual. Debatedora: Tarciana Portella, Delegada Regional do Ministério da Cultura, que fará uma apresentação sobre os editais e projetos do Governo Federal para a área.
CINEMA DO PARQUE
Rua do Hospício, 81, Boa Vista, telefone 3232 1556
Ingresso R$ 1,00
16h30, 18h15 e 20 horas - Longa-metragem Nacional
UM CRAQUE CHAMADO DIVINO (SC, 2006, 81 minutos), de Penna Filho. A trajetória do jogador de futebol Ademir da Guia, membro da famosa Academia, time do Palmeiras que fez historia na década de 70. Conta com depoimentos de Juca Kfouri, Gérson, Sócrates, Leivinha, Fiori Gigliotti, entre outros.
QUARTA-FEIRA, 06 DE JUNHO
CINEMA APOLO
Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, telefone 3232 2028
Entrada franca
15 horas - Sessão Especial DOC TV
CALABAR (AL, 2006, 52 minutos), de Hermano Figueiredo. Considerado ao mesmo tempo herói e traidor, Domingos Fernandes Calabar tem incerto até o ano de seu nascimento, 1600. Senhor de engenho de Pernambuco, morou em Porto Calvo (AL) e teve papel decisivo na Invasão Holandesa de 1930-1954. A sessão será apresentada pelo diretor. Venceu o DOC TV AL/2006.
16 horas - Vídeos Locais, Nacionais e Internacionais
NEURONHA (PE, 2006, 14 minutos), de Daniel Barros. Neuronha é a neurose que se manifesta
em moradores do arquipélago de Fernando de Noronha. Prêmio do público no VIII Festival
de Vídeo de Pernambuco 2006. Segundo curta em vídeo do diretor.
HQ: A 9ª ARTE (SP, 2006, 28 minutos), de Daniela Santana e Priscila Sodré. A história em quadrinhos como expressão artística. Por meio de entrevistas de profissionais do setor são abordados o enredo, a lógica do trabalho, a construção dos personagens, a vida do quadrinista.
CIDADE ADORMECIDA (Ciudad Dormida, ESP, 2006, 09 minutos), de Enrique Rodriguez e Moncho Fernández. Sem diálogos, o filme nos dá uma visão diferenciada, geométrica, de uma cidade vazia, onde só as máquinas funcionam, causando uma sensação de desconforto e dúvidas.
17 horas - Médias-metragens
LUTZENBERGER: FOR EVER GAIA (RS, 2006, 52 minutos), de Otto Guerra e Frank Coe. Perfil do cientista e ambientalista José Lutzenberger (1926-2002), cujo trabalho está todo voltado para o desenvolvimento sustentável, a partir da agricultura ecológica. Vencedor do DOC TV/RS.
18 horas - Curtas-metragens
VIVA VOLTA (PR, 2005, 15 minutos), de Heloísa Passos. O trombonista Raul de Souza é retratado em sua volta a Bangu, subúrbio do Rio e no seu encontro com Maria Bethânia e Jaime Além. A realizadora paranaense é uma diretora de fotografia experiente, formada em sociologia.
IGBADU, CABAÇA DA CRIAÇÃO (PE, 2007, 15 minutos), de Carla Lyra. Mantendo a tradição, o Panorama Doc lança o mais novo documentário em película de Pernambuco sobre a figura da cabaça nos rituais afro. Venceu o Concurso de Roteiros Firmo Neto 2004. Lançamento nacional, com sessão será apresentada pela realizadora e a equipe.
19 horas - Longa-metragem Nacional
SANTIAGO (RJ, 2007, 79 minutos), de João Moreira Salles. Através da história do mordomo da casa onde morou o diretor retoma a montagem de um documentário iniciado em 1992. A memória do entrevistado e sua vasta cultura se sobressaem neste processo de construção cinematográfica. Após a sessão haverá um debate com o diretor.
20h50 - Longa-metragem Internacional
ROLLING LIKE A STONE (SUE, 2005, 65 minutos), de Stefan Berg e Magnus Gertten. Filme amador registra o encontro do grupo Rolling Stones (ainda com Brian Jones) em 1965 com músicos suecos, em Malmö. Quarenta anos depois, os diretores localizaram alguns dos músicos suecos que aparecem no filme.
LIVRARIA CULTURA
Rua Madre Deus, s/nº, Paço Alfândega, Bairro do Recife, telefone 2102 4033
Entrada franca
18 horas - Mesa de Debates: A Realização de Documentários em Pernambuco
Depoimentos de realizadores locais com filmes exibidos no IV Panorama Recife de Documentários. São eles o jornalista, documentarista e crítico de cinema durante 40 anos no Diário de Pernambuco, Fernando Spencer; Nilton Pereira e Eduardo Homem, da TV Viva e Mariana Fortes, diretora do longa-metragem O Côco, a Roda, o Pneu e o Farol. Mediação do roteirista e poeta Wilson Freire, diretor do média-metragem Uma Cruz, Uma História e Uma Estrada, vencedor do DOC TV PE 2006.
CINEMA DO PARQUE
Rua do Hospício, 81, Boa Vista, telefone 3232 1556
Ingresso R$ 1,00
16h30 e 19 horas - Longa-metragem Nacional
ESTAMIRA (RJ, 2006, 115 minutos), de Marcos Prado. Mulher de 63 anos sofre de distúrbios mentais analisa aspectos da vida. Ela trabalha há 20 anos no Aterro Sanitário do Jardim Gramacho. O longa-metragem já venceu 22 prêmios internacionais e é o filme de estréia do diretor.
Após o evento, os filmes Estamira e Um Craque Chamado Divino entram em cartaz, em curta temporada, no Cinema do Parque.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
20 Curtas da Caravana Farkas no 17º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema
VIRAMUNDO, de Geraldo Sarno, é um dos documentários da mostra especial
A assessoria de imprensa do Cine Ceará divulgou ontem uma programação especial de 20 curtas produzidos por Thomas Farkas entre os anos de 1968 a 1972. Farkas, grande homenageado da edição 2007 do festival, estará presente para falar deste projeto intitulado Caravana Farkas, que percorreu o interior do país na busca de um novo olhar documental para o cinema brasileiro. Geraldo Sarno, diretor do seminal Viramundo, foi um dos jovens diretores que encamparam na missão. Junto de Farkas e Paulo Rufino, percorreram um itinerário de sertões, da Bahia ao Ceará. Abaixo, texto de divulgação da mostra:
Em quatro anos de trabalho em imersão pelo “Brasil Verdade”, de 1968 a 1972, o produtor de filmes e fotógrafo Thomaz Farkas empreendeu uma das mais ousadas façanhas do audiovisual brasileiro, que ficou conhecida como Caravana Farkas. Ao todo, quase 40 filmes compõem o acervo da Caravana, que se caracterizou pela forma inovadora e independente de registrar nuances da vida do povo brasileiro não captadas pelo cinema clássico. No intuito de revelar a essência das pessoas, Farkas enviava jovens cineastas, em pequenas equipes, a todas as regiões brasileiras em busca dessas imagens. Marco na produção documental, a Caravana Farkas consagrou documentaristas como Geraldo Sarno (Viramundo), Maurice Capovilla (Subterrâneos do Futebol), Paulo Gil Soares (Memória do Cangaço), Sérgio Muniz (Rastejador), Guido Araújo (Feira da Banana) e Eduardo Escorel (Visão de Juazeiro).
Mantendo a sua essência itinerante, a Caravana Farkas viaja novamente e chega a Fortaleza (CE), a convite do 17º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema, que acontece de 1 a 8 de junho. O próprio Thomaz Farkas estará à frente da Caravana, uma vez que será o grande homenageado do Festival, quando receberá o Troféu Eusélio Oliveira. Além do reconhecimento pela produção pioneira desse gênero de documentários no Brasil, o Festival chama atenção para a nova linguagem que Farkas trouxe para a produção audiovisual. Thomas Farkas nasceu na Hungria em outubro de 1924 e veio para o Brasil ainda criança, aos cinco anos. Naturalizado brasileiro, iniciou seu trabalho com fotografia em meados da década de 40, e é um dos pioneiros da fotografia moderna brasileira. A partir de 1968 produziu e co-produziu mais de 30 filmes documentários de curta e média-metragem e 8 longas-metragens. Foi professor de fotojornalismo na Universidade de São Paulo (USP) por quase 20 anos, área na qual fez seu doutorado, sobre a produção de documentários no Brasil. Em 2003, foi alvo de um curta-metragem de Walter Lima Júnior, chamado “Thomaz Farkas, brasileiro”.
Confira os filmes que a Caravana Farkas exibirá durante o 17º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema:
1. Hermeto, Campeão, de Thomaz Farkas
2. Vitalino Lampião, de Geraldo Sarno
3. A Cuíca, de Sérgio Muniz
4. O Berimbau, de Sérgio Muniz
5. Todo Mundo, de Thomaz Farkas
6. Viramundo, de Geraldo Sarno
7. De Raízes e Rezas, entre outros; de Sérgio Muniz
8. A Cantoria, de Geraldo Sarno
9. Jaramataia, de Paulo Gil Soares
10. Erva Bruxa, de Paulo Gil Soares
11. Frei Damião – Trombeta dos Aflitos,Martelo dos Hereges, de Paulo Gil Soares
12. Nossa Escola de Samba, de Manoel Horacio Gimenez
13. Os Imaginários, de Geraldo Sarno
14. Visão de Juazeiro, de Eduardo Escorel
15. A Vaquejada, de Paulo Gil Soares
16. Paraíso Juarez, de Thomaz Farkas
17. Jornal do Sertão, de Geraldo Sarno
18. Rastejador, de Sérgio Muniz
19. Memória do Cangaço, de Paulo Gil Soares
20. Viva Cariri, de Geraldo Sarno
• 17º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema
Local: Fortaleza (CE)
Data: De 1 a 8 de Junho de 2007
Site oficial: www.cineceara.cm.br
Cinema da Fundação - programação da semana
Programação de 01 a 07 de junho de 2007
pré-estréia – domingo – 03 de junho - 15h50
"AMANTES CONSTANTES". De Philippe Garrel (EUA, 2005). Com Louis Garrel, Clotilde Hesmes, Julien Lucas, Eric Rulliat. Em 1969, um grupo de jovens dedica-se ao ópio, após ter vivido os acontecimentos de 1968. Um romance intenso nasce dentro deste grupo entre dois jovens de 20 anos que se conheceram durante a revolta. O cineasta Philippe Garrel investiga o passado revolucionário de 1968 e promove o elogio da rebeldia, do sonho e da liberdade. Prêmio de Direção e Fotografia no Festival de Veneza de 2005. César 2006 de melhor ator promissor (Louis Garrel). Prêmio da crítica do European Film Awards 2006. Eleito o melhor lançamento de 2006 pelo 1º concurso Jairo Ferreira, criado pelas revistas "Cinemaquanon", "Cinética", "Contracampo", "Paisá" e "Teorema". Inédito / 178 min. / 14 anos / Dolby SR / 35mm / P&B / Tela plana / Imovision
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estréia:
"Esses Moços". (Brasil, 2005). Um filme de José Araripe Jr.Com Inaldo Santana, Chaeind Santos, Flaviana Silva. Darlene e Daiane são duas meninas que fogem do interior para Salvador (BA). Lá encontram Diomedes, um idoso que desmemoriado, perdido nas ruas, sem saber quem é nem onde mora. Juntos, os três exploram a cidade, constituindo uma espécie de família informal em que Diomedes é capaz de conduzir as meninas para seu mundo, onde o afeto e a solidariedade têm espaço para existir. O diretor Araripe (do curta “Abrakadabra!”) promove, mais uma vez, uma fábula sobre os elos de afetividade entre o menor e maior abandonado na metrópole impiedosa. Projeção digital / Dolby Digital / 86 min. / Inédito / 14 anos / Tela plana.
Horário
sexta / sábado / domingo : 19h – 20h50
terça : 17h10
quarta : 17h10 / 20h50
quinta : 20h40
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4ª semana
"BAIXIO DAS BESTAS"(Brasil, 2007). De Cláudio Assis. Com Fernando Teixeira, Mariah Teixeira, Caio Blat, Matheus Nachtergaele, Irandhir Santos, Marcélia Cartaxo, Dira Paes, Hermila Guedes e Magdale Alves. Premiado nos festivais de Brasília e Roterdã, "Baixio das Bestas" é o segundo longa metragem do cineasta pernambucano Cláudio Assis. Depois do urbano "Amarelo Manga", ele filma agora a Zona da Mata pernambucana e o arcaico sistema de classes que parece sincronizado com o ciclo da cana. Num cinema abandonado de uma usina decadente, na paisagem canavieira, num posto de caminhoneiros ou na fossa em construção de uma casa, o filme de Assis apresenta crônica potente de uma realidade ao mesmo tempo local e universal, com foco particular na imagem brutalizada da mulher.
Tela Larga / 85 min. / Imovision / 18 anos / Inédito / 35mm / Dolby SR
Horário
sexta: 16h
sábado /quinta: 17h10
CINEMA da FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO
Promoção: Diretoria de Cultura - Rua: Henrique Dias, 609, Derby 3073.6688, 3073.6689, 3073.6712 e 3073.6651 -cinema@fundaj.gov.br – Ingressos: R$ 6,00 (inteira) – R$ 3,00 - (acima de 60 anos/estudantes)
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Debate: Nichos de mercado para a produção cinematográfica nacional
Andréa Mota, produtora cultural a serviço da Buena Vista International no Recife, convida para o debate Nichos de mercado para a produção cinematográfica nacional, marcado para esta terça (29), às 19h, no auditório da Saraiva MegaStore. A mesa será formada pelo produtor Paulo Sérgio Almeida (perfil descrito abaixo), Alfredo Bertini (Sindicato da Produção Cinematográfica em Pernambuco), Clara Angélica (Audiovisual MinC Nordeste), Leo Falcão (cinasta), Luiz Joaquim (jornalista especializado em cinema) e Pedro Pinheiro (exibidor). A entrada é franca. A Saraiva MegaStore fica no Shopping Recife (Boa Viagem).
Texto do release:
Paulo Sérgio Almeida nasceu em Petrópolis, em 1945. Sua paixão pelo cinema começou no fim dos anos 60, quando fundou o Cineclube Chaplin e presidiu a Federação Nacional de Cineclubes. Foi assistente de direção, produtor e produtor executivo de dezenas de filmes, entre eles Xica da Silva, de Carlos Diegues (1976), Os sete gatinhos, de Neville D’Almeida (1980) e Eu te amo, de Arnaldo Jabor (1981). Estreou na direção com os curtas-metragens Dá-lhe Rigoni (1980) e Sobrenatural de Almeida (1981), este adaptado da obra de Nelson Rodrigues. Antes de Inesquecível, realizou seis longas-metragens: Beijo na boca (1982), Banana Split (1988), Sonho de verão (1990), Xuxa popstar (2000, co-dirigido com Tizuka Yamasaki), e Xuxa e os duendes 1 e 2 (2001 e 2002), esses, em parceria com Rogério Gomes. Juntos, os filmes de Paulo Sérgio Almeida foram vistos por mais de 10 milhões de espectadores. Foi também superintendente comercial da Embrafilme (1989), diretor comercial e presidente da Riofilme (1992/1993) e diretor da distribuidora Top Tape (1995). Em 1997, criou a Filme B, responsável pela coordenação de lançamentos de vários filmes – entre eles Guerra de Canudos (1997), de Sérgio Rezende, Central do Brasil (1998) e Diários de motocicleta (2004), ambos de Walter Salles, Eu tu eles (2000), de Andrucha Waddington, e Deus é brasileiro (2003), de Carlos Diegues – e pela publicação do FILMEB boletim informativo, especializado na divulgação e análise dos números do mercado de cinema no Brasil.
domingo, 27 de maio de 2007
Queda de balão provoca baixa na Gibiteca Henfil
Em plena comemoração de seus 25 anos, um incêndio provocado por um balão causou estragos no Centro Cultural São Paulo, complexo em que se situa a Gibiteca Henfil. O incidente ocorreu no último dia 17, e destruiu mais de 3/4 (550 m2) de uma cobertura de acrílico transparente, que fica sobre a Biblioteca Sérgio Miliet. Além da biblioteca, a gibiteca, a Discoteca Oneyda Alvarenga e o Arquivo Multimeios tiveram acervos e reservas técnicas prejudicados, e permanecerão fechados por tempo indeterminado. O CCSP disponibiliza fotos do incêndio e do processo de reforma, assim como um vídeo.
De acordo com Valéria Zanchitta, a bibliotecária da Gibiteca Henfil, está tudo bem com o acervo de quadrinhos para consulta. Ela informa ao Quadro Mágico que foram perdidos "apenas alguns títulos duplicados da reserva técnica de super heróis. O estrago maior foi causado pela água não pelo fogo!", lamenta a bibliotecária. Ela se refere tanto à água utilizada pelos bombeiros, como a das chuvas que caíram nos dias seguintes ao incêndio.
Criada em 1991, a Gibiteca Henfil ocupa desde 1999 o espaço do CCSP (Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso). Sua coleção tem mais de 8 mil títulos entre quadrinhos, fanzines, periódicos e livros sobre HQs. O acervo está disponível para consulta, e parte dele pode ser emprestado mediante matrícula. Para se matricular, é preciso morar na Grande São Paulo, e levar ao local o documento de identidade e um comprovante de endereço. O telefone para informações é 3383-3490.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Art Spiegelman, criador de "Maus", cancela vinda à Flip (RJ)
Uma lástima.
Acabei de ler no Blog dos Quadrinhos que Art Spiegelman cancelou sua vinda ao Flip (Festa Literária de Parati) deste ano. Autor de Maus e À sombra das torres ausentes e editor da revista em quadrinhos RAW e da série Little Lit, Spiegelman iria presidir uma mesa sobre quadrinhos - a primeira a entrar para a programação oficial da Flip, mas devido à doença de um membro da família, vai permanecer nos EUA.
O cancelamento do debate devido à ausência do artista tem causado polêmica: afinal, importa mais a relevância dos quadrinhos no atual panorama literário, ou a presença do ganhador do Prêmio Pulitzer? A organização explicou que não há tempo hábil de convidar outro estrangeiro. Mesmo assim, não faltam brasileiros com conteúdo suficiente para o intento.
Como diria Charlie Brown - "sigh"...
quarta-feira, 23 de maio de 2007
"Wood&Stock" em DVD: prévia do menu animado + promoção de adesivos e cartazes
O sonho não acabou, disse o português da padaria.
A Otto Desenhos se prepara para lançar Wood & Stock em DVD, em julho nas locadoras, depois no varejo. Entre os extras da versão em disquinho, estão uma entrevista com Angeli e Rita Lee, audiocomentário etílico da equipe, e o curta "Deu no Jornal", de Yanko Del Pino.
O novíssimo menu animado do DVD foi revelado hoje em primeira mão para o Quadro Mágico. Para assistir, basta clicar aqui.
Você, leitor deste blog, pode ajudar a converter os donos das locadoras à ideologia flower power, e ainda ganhar adesivos exclusivos do longa de animação. Para tanto, é só perguntar nas videolocadoras perto de sua casa "quando chega o desenho Wood&Stock - Sexo, orégano e rock'n'roll, aquele, dos personagens do Angeli" ganha um adesivo a escolher: o barbudo Wood, o barrigudo Stock ou a ressacada Rê Bordosa. Quem fizer a pergunta em três videolocadoras, ganha os três.
Depois, é só mandar uma mensagem para o email contato@woodstock.etc.br com o nome das locadoras onde passou e o seu endereço para o envio do adesivo. E "pra quem se puxar muuuuuito", diz a produtora do longa, Marta Machado, ganha o lindão cartaz do filme. O que significa dar o recado em pelo menos dez locadoras.
E "Power to the people"!
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Matéria sobre "O Alienista" (de Machado de Assis) em quadrinhos, na Folha de Pernambuco de hoje
Na Folha de Pernambuco de hoje saiu uma resenha minha sobre mais uma adaptação da literatura para os quadrinhos: o conto O Alienista, escrito por Machado de Assis em 1881. Lançada no começo deste mês, a recriação em HQ é assinada por Fábio Moon e Gabriel Bá, e é o primeiro volume da série "Grandes Clássicos em Graphic Novel", publicada pela Editora Agir (grupo Ediouro).
Para ler a matéria, é só clicar aqui.
Dois links maneiros, cortesia de Germano Rabello
Germano Rabello, quadrinista, músico, consultor e amigo de longa data, me recomendou dois links hoje. Quero dividi-los com vocês, queridos leitores do Quadro Mágico.
O primeiro leva ao Mundo Fantasma, um blog português (ao que o linguajar indica) sobre quadrinhos. Uma olhada rápida e saquei entrevistas com Johnny Ryan, Peter Bagge, Joe Matt e Jim Woodring. Tá valendo..., e entra para o rol de sites recomendados por este humilde escriba (na coluna à direita).
O segundo conduz ao site de Stephen Malkmus (quem se lembra de seu show no Abril Pro Rock de 2001?), que traz logo na primeira página uma animação stop-motion de responsa.
O primeiro leva ao Mundo Fantasma, um blog português (ao que o linguajar indica) sobre quadrinhos. Uma olhada rápida e saquei entrevistas com Johnny Ryan, Peter Bagge, Joe Matt e Jim Woodring. Tá valendo..., e entra para o rol de sites recomendados por este humilde escriba (na coluna à direita).
O segundo conduz ao site de Stephen Malkmus (quem se lembra de seu show no Abril Pro Rock de 2001?), que traz logo na primeira página uma animação stop-motion de responsa.
sábado, 19 de maio de 2007
O vírus não morreu...
Por falar em Danny Boyle (veja post abaixo), esta semana estréia a continuação de 28 days later (Extermínio), desta vez com Boyle somente na produção executiva. 28 weeks later (traduzido inteligentemente para... Extermínio 2) tem o novato Juan Carlos Fresnadilo na direção e Robert Caryle no papel principal.
sexta-feira, 18 de maio de 2007
"Sunshine - Alerta Solar", no site da Continente Multicultural
Hoje saiu uma resenha minha sobre Sunshine - Alerta Solar, novo filme de Danny Boyle, no site da Continente Multicultural. Para ler, é só clicar aqui.
terça-feira, 15 de maio de 2007
Curso de Ilustração digital na Oi Kabum! (Recife)
O artista gráfico João Lin abriu um curso de ilustração digital na Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia. Vagas limitadas a oito alunos. A carga horária é de 18h, distribuídas entre segundas e quartas, das 19h às 22h. Inscrições pelos fones 3224-5656 / 9667-0394 ou email joaolin@terra.com.br, ao valor de R$ 300. O curso começa dis 3 de junho. A Oi Kabum! fica à Rua do Bom Jesus, 147.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Matéria sobre "A Relíquia" (de Eça de Queiroz) em quadrinhos, na Folha de Pernambuco de hoje
Hoje saiu uma matéria minha na Folha de Pernambuco. É sobre o lançamento de A Relíquia, romance de Eça de Queiroz, adaptado para os quadrinhos por Marcatti. Nas lojas ainda este mês. Leia entrevista feita com o artista pelo Quadro Mágico aqui.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Baixio das Bestas, o segundo longa de Cláudio Assis, estréia no Recife
Com fotografia de Walter Carvalho, música original de Pupillo (Nação Zumbi), e atuações de Fernando Teixeira, Mariah Teixeira, Caio Blat, Matheus Nachtergaele, Irandhir Santos, Marcélia Cartaxo, Dira Paes, Hermila Guedes e Magdale Alves, Baixio das Bestas estréia hoje no Cinema da Fundação.
Continuando seu tratado sobre o inferno humano, desta vez na Zona da Mata pernambucana, o segundo filme de Cláudio Assis (Amarelo Manga) tem despertado interesse geral em quem procura cinema visceral nesse Brasil varonil.
Horários:
sexta / sábado / domingo: 17h10 – 19h – 20h50
terça / quarta / quinta: 17h10 - 19h - 20h50
Lembrando que outra boa pedida, Cartola - música para os olhos, de Lìrio Ferreira e Hilton Lacerda, continua em cartaz, em horários especiais. A saber: terça e quinta, às 15h40.
terça-feira, 8 de maio de 2007
Cineclube da Galeria Artes e Cores: programação de maio
Vê aí embaixo a turma que freqüenta a Galeria Artes e Cores. A exibição de filmes está engrenando por lá. Tanto que, pela primeira vez, está definida a programação do mês inteiro. As sessões são gratuitas, e estão marcadas para todas as quartas e sextas, às 20h. Começa amanhã. A qualidade continua o grande atrativo da seleção. Andree Röttig, o programador de lá, está de parabéns. Pra quem ainda não assistiu algum dos filmes abaixo, dou somente um conselho: não perca!
A casa fica à Rua do Amparo 319, Amparo, Olinda (Cidade Alta). Informações: (81) 3424-3366, (81) 9606-5708.
09 de maio: A Malvada (All about Eve), de Joseph L. Mankiewicz, com Bette Davis, Anne Baxter e Marilyn Monroe. Para alcançar suas ambições na indústria do cinema hollywoodiano, uma atriz inescrupulosa manipula a todos os integrantes de produção em que participa.
11 de maio: Tudo sobre minha mãe (Todo sobre mi madre), de Pedro Almodóvar. Com Cecília Roth e Penelope Cruz. Diretamente influenciado pelo "all about" acima, Almodóvar conta a história de uma mãe que vê o filho ser atropelado ao pedir um autógrafo para uma atriz. Depois, procura o pai da criança, um travesti, conhece Rosa, a enfermeira que cuida da atriz que seu filho adorava, e a namorada da atriz (que contracena com ela num filme). Precisa dizer mais?
16 de maio: Uma Noite Sobre a Terra, ("Night on Earth), de Jim Jarmusch. Filme menos conhecido de Jarmusch (o senhor de cabelos brancos na foto acima), a história tem estrutura semelhante a Sobre Café e Cigarros. Os atores são, entre outros, Winona Rider, Rosie Perez, Giancarlo Esposito, Isaach De Bankolé e Roberto Benigni. Em vez amigos em torno de uma mesa com cinzeiros e garrafas de café, eles são passageiros e taxistas em cinco diferentes cidades. A Trilha sonora, claro, é de Tom Waits. Para quem quer mais, vale procurar Down by Law, Dead Man e Broken Flowers.
18 de maio: Violência Gratuita (Funny Games), de Michael Haneke. Apesar do título em inglês (Jogos divertidos), não há divertimento algum neste perturbante filme de Haneke, o primeiro de uma série engendrada pelo austríaco (A Professora de Piano e Caché). Seu debut é um rigoroso, hermético e cruel excercício de cinema, com clara inspiração em Laranja Mecânica (Clockwork Orange), de Stanley Kubrick.
Como no clássico de 1971, Haneke estabelece um tempo próprio: brinca de avançar e retroceder, coloca os personagens para conversar com o espectador. Sua estética se espelha no mestre Kubrick desde as imagens milimetricamente construídas ao foco na delinqüência juvenil que banaliza a violência. Uma violência nem tão gratuita, já que assim, o diretor realiza seus caprichos de apaixonado pelo cinema. Na busca de cumplicidade do público, sadicamente faz grudar nossos olhos na tela até o fim.
A casa fica à Rua do Amparo 319, Amparo, Olinda (Cidade Alta). Informações: (81) 3424-3366, (81) 9606-5708.
09 de maio: A Malvada (All about Eve), de Joseph L. Mankiewicz, com Bette Davis, Anne Baxter e Marilyn Monroe. Para alcançar suas ambições na indústria do cinema hollywoodiano, uma atriz inescrupulosa manipula a todos os integrantes de produção em que participa.
11 de maio: Tudo sobre minha mãe (Todo sobre mi madre), de Pedro Almodóvar. Com Cecília Roth e Penelope Cruz. Diretamente influenciado pelo "all about" acima, Almodóvar conta a história de uma mãe que vê o filho ser atropelado ao pedir um autógrafo para uma atriz. Depois, procura o pai da criança, um travesti, conhece Rosa, a enfermeira que cuida da atriz que seu filho adorava, e a namorada da atriz (que contracena com ela num filme). Precisa dizer mais?
16 de maio: Uma Noite Sobre a Terra, ("Night on Earth), de Jim Jarmusch. Filme menos conhecido de Jarmusch (o senhor de cabelos brancos na foto acima), a história tem estrutura semelhante a Sobre Café e Cigarros. Os atores são, entre outros, Winona Rider, Rosie Perez, Giancarlo Esposito, Isaach De Bankolé e Roberto Benigni. Em vez amigos em torno de uma mesa com cinzeiros e garrafas de café, eles são passageiros e taxistas em cinco diferentes cidades. A Trilha sonora, claro, é de Tom Waits. Para quem quer mais, vale procurar Down by Law, Dead Man e Broken Flowers.
18 de maio: Violência Gratuita (Funny Games), de Michael Haneke. Apesar do título em inglês (Jogos divertidos), não há divertimento algum neste perturbante filme de Haneke, o primeiro de uma série engendrada pelo austríaco (A Professora de Piano e Caché). Seu debut é um rigoroso, hermético e cruel excercício de cinema, com clara inspiração em Laranja Mecânica (Clockwork Orange), de Stanley Kubrick.
Como no clássico de 1971, Haneke estabelece um tempo próprio: brinca de avançar e retroceder, coloca os personagens para conversar com o espectador. Sua estética se espelha no mestre Kubrick desde as imagens milimetricamente construídas ao foco na delinqüência juvenil que banaliza a violência. Uma violência nem tão gratuita, já que assim, o diretor realiza seus caprichos de apaixonado pelo cinema. Na busca de cumplicidade do público, sadicamente faz grudar nossos olhos na tela até o fim.
Em busca do ódio real
Nada barata a crítica de Bernardo Vieira, sobre Rastros de Ódio (John Ford). Aproveite e leia os outros textos. Blog de primeira.
Doc TV: Manoel de Barros em documentário do Mato Grosso do Sul
"O POETA É UM ENTE QUE LAMBE AS PALAVRAS E SE ALUCINA" é o vídeo da semana no Doc TV III.
texto do release:
O documentário, gravado no pantanal sul-mato-grossense, aborda a trajetória da vida e da obra do poeta Manoel de Barros, num exercício compartilhado entre o documentarista e o próprio poeta. Nele, um andarilho percorre os lugares onde o poeta nasceu e ainda vive. Ao longo da jornada, o andarilho tem encontros com outros personagens criados por Manoel de Barros.
As locações foram escolhidas propositalmente e de acordo com as informações obtidas com o escritor. O andarilho principal, enquanto vaga por pântanos, cidades e vilas, vai narrando em pensamentos a poesia que se trama com ruídos e com a música de Erik Satie, Ravel, Debussy e Fouré. A viagem tem o sentido de nascimento e vida. Trajetória da vida e obra do poeta Manoel de Barros, num exercício compartilhado entre o documentarista e o próprio poeta.
Direção: Arlindo Fernandez
Co-produção: Arlindo Fernandez de Almeida / Leader Vídeo-Produtora Ltda TVE Regional-MS / Fundação Padre Anchieta - TV Cultura
Filmes para assitir enquanto o Santo Papa visita o Brasil.
Amen (2002), de Konstantinos Costa-Gravas. Com a ajuda de um jovem padre, o oficial da SS tenta avisar o Papa Pio XII sobre o holocausto que matou 10 mil judeus por dia nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Até descobrir quais as relações entre o Vaticano e o Partido Nazista. Precisa dizer: "baseado em fatos reais"? Ou lembrar que, no fim da adolescência, Bento 16 serviu à juventude nazista?
O Poderoso Chefão 3 (Godfather: Part III, 1989), de Francis Ford Coppola. Empenhado em limpar o nome da famiglia Corleone, Michael abandona os negócios ilegais para participar das empresas da imaculada Santa Sé, e obter o perdão papal. Lá, descobre que, para sobreviver, precisa ser tão (ou mais) violento quanto no tráfico de drogas e cassinos que mantinha em Las Vegas. Bem didático é o rito de passagem de poder, do Papa Paulo VI (morto em 1978) para o eleito e morto em seguida João Paulo I, para então assumir o nosso velho conhecido João Paulo II. Quem saberá o que se passou entre uma fumaça e outra na escolha do simpático Ratzinger?
3º CinePort em João Pessoa (PB)
A amiga Rosana dá a dica do além- fronteira Pernambuco-Paraíba: segue até domingo, 13 de maio, o 3º CinePort - Festival de Cinema de Países de Lìngua Portuguesa, desta vez sediado em João Pessoa (PB).
Na programação estão filmes do Brasil, Moçambique, Angola e Portugal.
O festival itinerante (realizado em Cataguazes-MG em 2005, e em Portugal em 2006) teve início no último sábado (5), com a exibição de “O Engenho de Zé Lins”, o novo filme do paraibano Vladimir Carvalho (irmão de Walter Carvalho), grande homenageado deste ano com o troféu Humberto Mauro.
sábado, 5 de maio de 2007
Confirmado para setembro o 9º Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco - veja as novidades
Boas notícias no mundo das artes gráficas. A organização do Festival Internacional de Humor e Quadrinhos confirmou sua nona edição, e antecipou algumas novidades sobre o evento que mais atrai visitantes ao Observatório Malakoff. A mudança mais visível é no calendário: o FIHQ foi transferido para setembro, cinco meses distante da época tradicionalmente reservada a ele.
"Nós já queríamos mudar a data há muito tempo. Em abril chove e venta muito, e isso prejudicava as atividades como exposições, feiras de quadrinhos, e palestras de convidados de outros estados e países. Por isso, a época ideal é durante o verão", explica João Lin, presidente da Associação dos Cartunistas Pernambucanos, a entidade que organiza o festival junto com a Fundarpe.
A confirmação marca o fim das incertezas sobre a continuidade do evento, surgidas com o fim do governo Jarbas Vasconcelos, gestão na qual o FIHQ foi criado. Apesar de ser considerado um dos melhores festivais do país, ele teria condições de se reinventar para se desvincular da imagem associada ao governo anterior?
O novo governo estadual agiu positivamente, e se mostrou favorável à continuidade do festival desde a primeira negociação com a Acape. De janeiro para cá, eles vêm discutindo melhorias no formato do evento, na perspectiva de investir na educação e na interiorização. Ou seja, o FIHQ fica, e a edição deste ano arrisca ser a melhor de todos os tempos.
"A proposta da nova gestão em vincular educação e cultura encaixou com a nossa", comemora João Lin. Ele adianta que haverá oficinas exclusivas e gratuitas para professores e alunos da rede pública, sobre teoria e prática das artes gráficas, um bom começo para a discussão da linguagem dos quadrinhos em sala de aula.
Outra surpresa em vias de se concretizar é a itinerância das exposições, o que permitirá ao público do interior do estado ter acesso a uma produção mundial até então restrita à capital. "Sempre desejamos isso. É um desperdício ter uma exposição montada e não percorrer outras cidades de Pernambuco", afirma Lin.
E atenção, artistas: agora, o primeiro lugar em cada categoria ganha R$ 6 mil, R$ 2 mil a mais do que no ano passado. Assim, em termos de $$, o "novo" FIHQ só fica atrás do Salão de Humor das Cataratas do Iguaçu (PR), cujo prêmio é de U$ 10 mil (aproximadamente R$ 20 mil), e se equipara ao Salão Carioca de Humor(RJ).
Na edição de 2006, indicada para o troféu HQ Mix como um dos melhores festivais de quadrinhos do ano, o FIHQ inovou ao abrir no ano passado uma quinta categoria competitiva inédita no Brasil (ilustração editorial), e ousou politicamente ao colocar na mesma comissão julgadora um artista árabe (Naif Al-Mutawa) e um norte-americano (Peter Kuper).
Este ano, as inscrições devem começar em julho, e seguirão abertas durante 45 dias, para as categorias cartum/desenho de humor, charge, história em quadrinhos, caricatura e ilustração editorial. A cada edição, o evento recebe uma média de 400 trabalhos de 20 diferentes países.
sexta-feira, 4 de maio de 2007
Livrinho de Papel Finíssimo: Recife ganha editora underground
Postagem expressa: é hoje, (sexta, 4 de maio), às 18h, o lançamento oficial da Livrinho de Papel Finíssimo Editora. Vale a pena conferir a produção, criativa, autoral e com preço baixo: as cinco novas publicações lançadas hoje custam a bagatela de R$ 12,50.
Capa Fusão#17
Capa Crachá
O coletivo editorial tem inspiração nos conterrâneos da Ragú, que há quase dez anos recolocou Pernambuco no mapa da arte seqüencial, e projetos editoriais underground , como a Rip Off Press e Zap Comix.
Por absoluta falta de tempo (o evento começa daqui a pouco!), reproduzo abaixo o texto do release enviado pela moçada.
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A editora - livrinho de papel finíssimo - com sua história já iniciada há algum tempo, agora, declaradamente, vem oficializar seu lançamento para toda a comunidade que se interessa e produz arte de forma alternativa e independente.
A editora reúne uma grande variedade de propostas, publicando o trabalho autoral de uma nova geração que se especializou em áreas distintas do conhecimento: como o Jornalismo, a Filosofia, a Arquitetura, o Teatro, o Designer, as Artes Visuais, Gráficas e Plásticas; utilizando-se dos mais variados meios, técnicas e suportes no trabalho com texto e imagem.
Humor em quadrinhos, Ironia vetorizada, Inteligência sem metodologia, Criatividade com indecência , Escatologia privada, Política sem demagogia, Cultura de “massa e prensada”, Informação literalmente pública, publicada!
A Livrinho de Papel Finíssimo volta a cena pernambucana na próxima Sexta-feira (04) com a publicação de cinco trabalhos: Fusão(editores: Henrique Koblitz, Diogo Todé e Camilo Maia), Crachá (autora: Clarissa Diniz), PCDH (editores: Henrique HVB e Olímpio), Micróbio (autor: Henrique Koblitz) e Xorume(editores: Rafael Anderson, David, Adriano dos Anjos, Ricardo Cunha Melo)
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A FUSÃO circula pelas margens do centro da nossa cidade desde 2004. É um misto de revista, fanzine, catálogo. Mais de cem nomes já colaboraram com a sua realização disponibilizando trabalhos que renderam personagens marcantes como o incrível jegue, Rini e o Garoto e a surpreendente Mermosa, só para citar alguns. Não podendo esquecer a sessão dos calendários minuciosamente preparados para cada mês. Agora, a nova FUSÃO chega no número 17 re-experimentando sua disponibilidade para a inovação.
A publicação de Clarissa Diniz, intitulada Crachá, é um resumo do trabalho de pesquisa realizado pela artista com a bolsa-prêmio do 46° Salão de Artes Plásticas de Pernambuco. A pesquisa observou como se davam/dão as dinâmicas de legitimação artística no âmbito Recife/Olinda entre os anos de 1970 até o ano 2000. A autora revela oito instâncias legitimadoras: autolegitimação, legitimação pelos pares, pelos especialistas, pelas instituições, pelo mercado, pela mídia, pelo público e pelo ensino.
PCDH, na sua 4° edição, é uma revista de textos editada por dois filósofos: Olímpio e Henrique HVB.
Na sua 2° edição, de autoria de Henrique Koblitz, Micróbio “é o menor fanzine da cidade” como o próprio autor define. A história narrada revela um indivíduo no caos da cidade repleta de lixo. “O gari Moisés fica revoltado com a sociedade que não educou-se para saber onde por o lixo que ela mesma produz, transformando-se num píxel de uma imagem não tão bonita” revela.
Xorume é HQ elevado a décima potência. A turma de editores, formada por Rafael Anderson, David, Adriano dos Anjos, Ricardo Cunha, dedica-se quase que integralmente a arte seqüencial – os quadrinhos! São muitas as histórias desta 1° edição: Entregues a própria sorte; o pseudo existencialismo do ser, a difícil vida de quadrinhista; como se comportar em exposições de arte – só para citar alguns títulos.
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A editora está sob o comando de Henrique Koblitz, Diogo Todé, Camilo Maia e na produção Olga Torres. “É um trabalho independente e de resistência, onde podemos experimentar linguagens e assim fazemos, desde o Laboratório” diz Henrique Koblitz. “Esta volta tem o objetivo de oferecer suporte aos produtores de material autoral com baixo custo de impressão e distribuição” ressalta Diogo Todé sobre o processo de impressão em fotocópia oferecido pela editora. “Primamos pela qualidade máxima de cada trabalho, no mercado, dificilmente, encontraremos este tipo de impressão aliado ao nosso senso estético” afirma Camilo Maia.
A festa de lançamento está marcada para a próxima sexta feira (04), às 18h, na rua do Sossego, 179, Boa Vista. Lá, os interessados poderão adquirir as cinco publicações por R$ 12,50, ou se desejar a compra individual, os preços são: Fusão: R$ 2,00, PCDH por R$ 2,00, Crachá R$ 3,00, Micróbio - R$ 0,50 e Xorume por R$ 5,00.
Serviço:
O que: lançamento da Livrinho de Papel Finíssimo Editora
Quando: sexta-feira (04 de maio)
Onde: Rua do Sossego, 179, Boa Vista
Hora: 18h.
Entrada: franca.
Informações: (81) 3222.6422.
Salão de Humor de Ribeirão Preto: inscrições até 31 de maio
As inscrições para o 14º Salão de Humor de Ribeirão Preto estão abertas até 31 de maio. As categorias são três: cartum, charge e caricatura. São até três trabalhos por categoria, em formato A4. O primeiro lugar em cada categoria leva R$ 1 mil. A premiação será em 05 de julho, na Casa de Cultura de Ribeirão Preto.
Os interessados devem mandar seus trabalhos pelos Correios, endereçados ao MIS - Museu da Imagem e do Som de Ribeirão Preto, no Mezanino da Casa da Cultura, Praça Alto do São Bento, s/n°, Ribeirão Preto-SP, CEP 14085-450. Se selecionados, enviar uma cópia digitalizada por email. Mais detalhes no Regulamento do salão. A ficha de inscrição está aqui.
O sistema de inscrição foi criticado pelos leitores do Blog da Acape (Associação dos Cartunistas de Pernambuco), onde a notícia foi publicada em 25 de abril. No espaço para comentários, eles consideraram o processo complicado demais.
Video pernambucano em rede nacional de televisão
Uma cruz, uma história e uma estrada, documentário do pernambucano Wilson Freire será exibido neste domingo (6), às 23h, na rede pública de televisão. Com reprise no sábado seguinte, às 21h. O vídeo de média metragem foi realizado em 2006, após seu roteiro ter sido escolhido para representar Pernambuco na terceira edição do DOCTV, um Programa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, em parceria com as TVs públicas e realizadores de todo o país.
Nos anos anteriores, o núcleo pernambucano do DOCTV produziu Ensolarado Byte, de Maurício Castro, e Mitos e lendas no reisado de Inhanhum, de Alexandre Fernandes.
Uma cruz, uma história e uma estrada percorre discursos, caminhos e casos de pessoas que morreram em acidentes nas estradas, do litoral ao sertão. Começa com um depoimento da mãe de Chico Science, falecido tragicamente em 1997 após bater o carro em alta velocidade num poste entre Recife e Olinda.
Da Zona da Mata, para o agreste e o sertão, artistas como Siba, J. Borges proseiam sobre a simbologia das cruzes e cruzeiros fincados na beira das estradas, casos, acidentes, e pessoas queridas que se foram subitamente. Antônio Nóbrega também participa, cantando uma loa num velório fictício.
O release oficial do DOCTV diz o seguinte sobre a produção: "Road-movie que parte da cidade de Recife, e percorre mais de 3.500 km pela Zona da Mata, Agreste e os sertões dos vales do Moxotó, Pajeú e Cariris, e adota como procedimento o registro de histórias de vida e morte, a partir da identificação das Cruzes que são erguidas à beira das estradas e caminhos. Histórias de vida de anônimos e de famosos com um único destino trágico: o de tombarem sem vida à margem de uma estrada, asfaltada ou de chão batido, na grande metrópole ou nos mais longínquos sertões. Uma Cruz, uma História e uma Estrada fala do efêmero e do eterno; do humano e do Divino; do agora e do depois."
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Baixio das Bestas, de Cláudio Assis, premiado ontem na França, pré-estreia no Cinema da Fundação
Será neste sábado (5), às 20h30, e domingo (6), às 18h40, as sessões avant-premiere do esperado Baixio das Bestas, o segundo longa do pernambucano Cláudio Assis. O filme estréia dia 11 de maio em São Paulo, Rio e Recife. Cartola - Música para os olhos, de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, continua em cartaz esta semana, diariamente, às 17h, 18h40 e 20h30 (com exceção dos horários de Baixio).
Desde o ano passado, Baixio das Bestas vem acumulando prêmios por onde passa. Ele acaba de ser contemplado com o prêmio especial de melhor direção no 9º Festival de Cinema Brasileiro de Paris. A categoria foi criada após o júri assistir a película de Assis. Em fevereiro, ganhou o Tiger Award, o maior prêmio do Festival de Roterdã, e em novembro com seis prêmios no Festival de Brasília: melhor filme, atriz (Mariah Teixeira), ator coadjuvante (Irandhir Santos), atriz coadjuvante (Dira Paes), trilha sonora (Pupillo)e prêmio da crítica.
Abaixo, a reprodução do release da Fundaj:
Baixio das Bestas, de Cláudio Assis (Brasil, 2007). Com Fernando Teixeira, Mariah Teixeira, Caio Blat, Matheus Nachtergaele, Irandhir Santos, Marcélia Cartaxo, Dira Paes, Hermila Guedes e Magdale Alves. Premiado nos festivais de Brasília e Roterdã, Baixio das Bestas é o segundo longa metragem do cineasta pernambucano Cláudio Assis. Depois do urbano Amarelo Manga, ele filma agora a Zona da Mata pernambucana e o arcaico sistema de classes que parece sincronizado com o ciclo da cana. Num cinema abandonado de uma usina decadente, na paisagem canavieira, num posto de caminhoneiros ou na fossa em construção de uma casa, o filme de Assis apresenta crônica potente de uma realidade ao mesmo tempo local e universal, com foco particular na imagem brutalizada da mulher. Tela Larga / 85 mins. / Imovision / 18 anos / Inédito.
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