Vê aí embaixo a turma que freqüenta a Galeria Artes e Cores. A exibição de filmes está engrenando por lá. Tanto que, pela primeira vez, está definida a programação do mês inteiro. As sessões são gratuitas, e estão marcadas para todas as quartas e sextas, às 20h. Começa amanhã. A qualidade continua o grande atrativo da seleção. Andree Röttig, o programador de lá, está de parabéns. Pra quem ainda não assistiu algum dos filmes abaixo, dou somente um conselho: não perca!
A casa fica à Rua do Amparo 319, Amparo, Olinda (Cidade Alta). Informações: (81) 3424-3366, (81) 9606-5708.
09 de maio: A Malvada (All about Eve), de Joseph L. Mankiewicz, com Bette Davis, Anne Baxter e Marilyn Monroe. Para alcançar suas ambições na indústria do cinema hollywoodiano, uma atriz inescrupulosa manipula a todos os integrantes de produção em que participa.
11 de maio: Tudo sobre minha mãe (Todo sobre mi madre), de Pedro Almodóvar. Com Cecília Roth e Penelope Cruz. Diretamente influenciado pelo "all about" acima, Almodóvar conta a história de uma mãe que vê o filho ser atropelado ao pedir um autógrafo para uma atriz. Depois, procura o pai da criança, um travesti, conhece Rosa, a enfermeira que cuida da atriz que seu filho adorava, e a namorada da atriz (que contracena com ela num filme). Precisa dizer mais?
16 de maio: Uma Noite Sobre a Terra, ("Night on Earth), de Jim Jarmusch. Filme menos conhecido de Jarmusch (o senhor de cabelos brancos na foto acima), a história tem estrutura semelhante a Sobre Café e Cigarros. Os atores são, entre outros, Winona Rider, Rosie Perez, Giancarlo Esposito, Isaach De Bankolé e Roberto Benigni. Em vez amigos em torno de uma mesa com cinzeiros e garrafas de café, eles são passageiros e taxistas em cinco diferentes cidades. A Trilha sonora, claro, é de Tom Waits. Para quem quer mais, vale procurar Down by Law, Dead Man e Broken Flowers.
18 de maio: Violência Gratuita (Funny Games), de Michael Haneke. Apesar do título em inglês (Jogos divertidos), não há divertimento algum neste perturbante filme de Haneke, o primeiro de uma série engendrada pelo austríaco (A Professora de Piano e Caché). Seu debut é um rigoroso, hermético e cruel excercício de cinema, com clara inspiração em Laranja Mecânica (Clockwork Orange), de Stanley Kubrick.
Como no clássico de 1971, Haneke estabelece um tempo próprio: brinca de avançar e retroceder, coloca os personagens para conversar com o espectador. Sua estética se espelha no mestre Kubrick desde as imagens milimetricamente construídas ao foco na delinqüência juvenil que banaliza a violência. Uma violência nem tão gratuita, já que assim, o diretor realiza seus caprichos de apaixonado pelo cinema. Na busca de cumplicidade do público, sadicamente faz grudar nossos olhos na tela até o fim.
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4 comentários:
parabéns pelo blog!
depois me adiciona no msn para trocarmos informação;
tá faltando materias sobre o woody allen no seu blog heinrs
vini_ofreitas@hotmail.com
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Obrigado, Vini. O velho Allen merece todo o espaço possível. Qualquer dia ele aparece por aqui. Abraços
Estou pra ver "Funny Games" há muito tempo. Terminei assistindo todos os outros do Haneke e deixei esse pro final.
Sem contar que quero voltar a frequentar cineclubes. Agora só me resta saber se vou achar o lugar, porque não sou muito bom nas ladeiras de Olinda.
Mas a rua do Amparo é famosa, provavelmente devo saber onde fica. Veremos.
Oi Rodrigo. É muito fácil de encontrar. É só perguntar pela rua (perto do largo do Amparo ou da Bodega do Véio). Qualquer coisa, liga pros números do post.
Te garanto, Funny Games vai te virar a cabeça.
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