quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Para ele, nada é impossível
Rio de Janeiro – A capital carioca recebeu ontem a première brasileira de Missão impossível – Protocolo fantasma. É a única cidade da América Latina a ser colocada no mapa de lançamento desta superprodução de US$ 140 milhões. A consequência direta é que não dá pra chegar à esquina sem topar com cartazes de Tom Cruise de capuz, caminhando em sua direção, determinado a resolver algo misterioso e importante. Ele está no Brasil, depois de passar por mais dez cidades, entre elas algumas que serviram de cenário para o quarto filme da franquia. O Rio seria uma delas, mas foi substituído por Moscou. A nova lógica de marketing de Hollywood colocou a nave-mãe por último. Somente amanhã os EUA assistirão pela primeira vez o longa, que estreia mundialmente no dia 21.
A atriz Paula Patton, o DJ holandês Tiesto, o diretor Brad Bird e Brian Burk, um dos produtores ao lado de Cruise e J.J. Abrams, também estão na cidade para o evento, que estendeu tapete vermelho para Cruise ser tietado por quatro mil fãs no complexo de salas Cinepolis Lagoon. O tratamento especial para mercados emergentes como China, India e Brasil se explica na ponta do lápis: atualmente, são poucas as produções hollywoodianas que se pagam 100% com bilheteria norte-americana. De acordo com a assessoria de imprensa da Paramount Pictures, que distribui o longa, o mercado brasileiro se equipara ao do México, e isso não é pouco. Ainda não há número oficial, mas o circuito brasileiro deve ser ocupado em mais de 750 salas.
Curiosamente, a turnê pelo globo espelha o roteiro no filme, que começa em Budapeste e termina nos EUA. Na noite de terca-feira, o Diario de Pernambuco assistiu a sessão para a imprensa, em generoso digital IMAX. A maior parte da ação está concentrada na Rússia, Emirados Árabes e Índia. Em Dubai, Cruise chega a escalar o maior prédio do mundo com as mãos. Na Rússia, corre enquanto o Kremlin explode. Não faltam carros destruídos e mulheres bonitas, como Léa Seydoux (Meia noite em Paris),
a femme fatalle que atira com elegância de passarela.
Sucessor de Brian de Palma, John Woo e J.J. Abrams, que dirigiram os filmes anteriores, Bird é responsável por animações de sucesso, como Ratatouille e Os incríveis. Em coletiva ontem à tarde, ele disse que a experiência com animação ajudou a filmar algumas sequências de ação. “Devido ao porte do projeto e a rapidez com que ele foi realizado, só consegui pré-visualizar metade das sequências, como a da tempestade de areia. Tivemos que improvisar a outra parte, e minha experiência com animação ajudou nisso”.
Perguntado sobre referências e a autoralidade do projeto, Bird diz que buscou fazer uma homenagem à série original nas cenas de abertura, em que flashes da trama aparecem junto dos créditos. “Com recursos apropriados, podemos fazer o que quiser em qualquer mídia. Em uma animação, podemos imitar a realidade. Ao vivo, a espontaneidade é maior”. Para o produtor Bryan Burk, a marca de Bird está nos planos longos e coreografados, com elementos de comédia. Antes de terminar a coletiva, Burk adianta que Star Trek 2, sua próxima produção, começa a ser rodada mês que vem em Los Angeles.
Responsável pela discotecagem no tapete vermelho, Tiesto já havia trabalhado
com a música da série Piratas do Caribe. “Talvez por isso me chamaram”. Quando
começou o projeto, tinha dúvidas sobre o resultado, por se tratar de uma música tão
conhecida. “Não sabia se terminaria bem, mas no final funcionou porque encontrei a
batida certa”.
* O repórter viajou a convite da Paramount Pictures
(Diario de Pernambuco, 15/12/2011)
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