domingo, 27 de fevereiro de 2011
A grande noite do cinema
Hoje se realiza mais uma cerimônia do Oscar, a 63ª desde que Hollywood a instituiu como estratégia oficial para promover o próprio umbigo. Como se sabe, nem sempre as estatuetas vão para as melhores produções e profissionais, mas para aqueles que, de acordo com a política interna e o momento econômico, convém receber a condecoração. Ano passado, a escolha de Guerra ao terror em detrimento de Avatar foi um claro recado a favor de produções ´pequenas` (US$ 15 milhões contra o meio bilhão de Avatar) e com os pés fincados na atualidade.
Confira o hotsite do Oscar 2011
Dentro deste padrão, A rede social se torna o favorito deste ano. Apesar dos méritos de O discurso do Rei - e da força de seus produtores, Harvey e Bob Weinstein - e do maior número de indicações (são doze contra oito), há tempos que David Fincher está cotado para a estatueta. Em 2008, O curioso caso de Benjamin Button quase chegou lá, mas perdeu para Onde os fracos não têm vez, dos irmãos Coen.
A boa recepção de público e crítica de A rede social se reflete nos mais de 50 prêmios acumulados desde o começo do ano, entre eles o de roteiro adaptado, fotografia e trilha sonora original de Trent Reznor (Nine Inch Nails). Cisne negro, O vencedor, 127 horas e Bravura indômita têm suas chances - em comum, há o fato de serem histórias de superação - mas não será surpresa se o grande vencedor for o filme de Fincher. Muito menos será decisão injusta, pois é um filme e tanto.
Do outro lado lado do ringue, com a licença de usar vocabulário de O vencedor, está O discurso do Rei, premiado pelo sindicato dos produtores de Hollywood (considerado prévia do Oscar) e grande vencedor do Bafta (o Oscar inglês) e de outros 20 títulos. Entre os filmes falados em língua estrangeira, o favorito é Biutiful, de Alejandro González Iñárritu (de Babel, indicado a sete Oscar em 2007). Ano passado, a produção mexicana sobre morte, espiritualidade e imigração ilegal emocionou no Festival de Cannes.
Toy Story 3, que também concorre como melhor filme, deve ser eleito o melhor longa de animação. Importante a presença de O mágico, de Sylvain Chomet, legítimo representante da técnica artesanal que deu vida ao último roteiro de Jacques Tati. Ele, assim como outros indicados ao Oscar, estão em cartaz nos cinemas do Recife (consulte roteiro).
Sediada no Kodak Theatre, em Hollywood, a 63ª cerimônia do Oscar será apresentada por Anne Hathaway e James Franco. No Brasil, a cerimônia será transmitida a partir das 22h no canal pago TNT (com som original) e, após o Big Brother 11, também pela TV Globo, com comentários de José Wilker.
(Diario de Pernambuco, 27/02/2010)
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