sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
"Eles querem que a gente morra. Aí a gente vai e vive. Isso é humor"
Assim como o cinema brasileiro tem Glauber, os quadrinhos têm Henfil.
A frase acima é dele. Boa também para marcar minha volta às atividades de blogueiro. Fiquei um tempo "fora do ar" por motivos de trabalho (que não este).
Hoje amargamos 20 anos sem Henrique de Souza Filho (1944-1988). Hemofílico, ele foi uma das primeiras vítimas da AIDS, entre os brasileiros famosos. Numa transfusão de sangue, contraiu o vírus.
Hoje ele vive em cada cartunista que se considere pensante, e dá nome a duas gibitecas, uma em São Paulo e outra em João Pessoa.
A favor de uma linguagem nacional para os quadrinhos, Henfil se recusava a desenhar tirinhas. Daí (alguns) jornais brasileiros passaram a publicar quadrinhos num formato com quatro ou seis quadros por história. Quem me disse essa história foi RAL, em entrevista, alguns meses atrás.
Para saber mais sobre este gênio do traço, recomendo o livro O Rebelde do Traço: a Vida de Henfil , escrito por Denis de Moraes.
As imagens desta postagem são reproduções de uma homenagem de Glauco e Laerte feita nos anos 80, e republicada em 2006 no livro Seis Mãos Bobas (Devir Livraria).
E viva Henfil!
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Um comentário:
homenagem muito justa, André...
E bom ver você por aqui de novo.
Henfil tinha um estilo muito original.
A expressividade daqueles traços minimalistas era impressionante.
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