sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Caminhando contra o vento...



Em 1967-68, um jornal de contracultura circulou diariamente nas bancas do Rio de Janeiro. Com apenas seis meses de vida, ele foi uma das experiências pioneiras em imprensa alternativa no Brasil. Seu nome era “O Sol”, batismo inspirado na música de Caetano, Alegria, Alegria (“o sol nas bancas de revista”). Escreveram nele intelectuais e artistas, da combativa esquerda revolucionária, ou da turma do desbunde libertário, unidos contra a ditadura cada vez mais escancarada, às vésperas de horrorizar com o AI-5. Pra se ter uma idéia, enquanto a mídia mundial anunciava “Che pode estar morto”, a manchete do Sol foi: “Che pode estar vivo”. Outra pérola provocativa: “Paz ameaça Vietnã”.

Quase 40 anos depois, eis que a história é contada em documentário, com depoimentos de quem a viveu: Zuenir Ventura, Carlos Heitor Cony, Gabeira, Hugo Carvana, Ruy Castro, Arnaldo Jabor, Henfil, Ziraldo, Chico, Caetano e o ministro Gil. O Sol - o filme, tem direção de Tetê Moraes e Martha Alencar, e estréia na próxima sexta no Box Guararapes.

Tetê, que também dirigiu Terra para Rose, estará no Recife nesta terça (12/09), às 15h, para uma sessão-debate gratuita no Cineclube Revezes (sala 511 da Unicap – Boa Vista). Participam da mesa a cineasta Kátia Mesel, o crítico de cinema Celso Marconi e o jornalista Marcelo Mário de Melo, com mediação do professor Alexandre Figuerôa. Mais tarde, às 21h30, o filme terá pré-estréia, no Box Guararapes. Quem quiser ganhar convite, é só escrever para mim. Mais informações sobre O Sol em www.osolfilme.com

Nenhum comentário: